Subcomissão discutiu opções de aprimoramento ao combate às drogas — Rádio Senado

Subcomissão discutiu opções de aprimoramento ao combate às drogas

LOC: ANALISAR EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, E PROPOR SOLUÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO DAS DROGAS NO PAÍS.

LOC: ESSE FOI O OBJETIVO DA SUBCOMISSÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS DE CRACK, ÁLCOOL E OUTROS, QUE FUNCIONOU DURANTE ESTE ANO, VINCULADA À COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADOR. O REPORTER CELSO CAVALCANTI TRAZ AS INFORMAÇÕES.
 
(REPÓRTER) A subcomissão foi instalada em março, e ao longo de nove meses promoveu diversas reuniões, audiências públicas, diligências a outros estados e visitas a países europeus, com o propósito de conhecer experiências de sucesso e debater propostas voltadas a combater o aumento do número de dependentes químicos no território nacional. Logo no início dos trabalhos, o senador Wellington Dias, do PT do Piauí, presidente da subcomissão, defendeu uma nova abordagem para o enfrentamento das drogas no Brasil, com maior foco no atendimento ao usuário.

(WELLINGTON DIAS) O Brasil, historicamente, como outros países, tem trabalhado muito o combate, a guerra contra o tráfico. Essa comissão tem uma vertente diferente, um olhar diferente, a ideia é trabalhar exatamente o tratamento do dependente químico.
 
(REPÓRTER) A opinião foi compartilhada pelo senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul. 

( Waldemir Moka) Evidentemente que é preciso reprimir. Aliás, a Polícia Federal faz um excelente trabalho. Eu sei disso, mas essa subcomissão pretende tratar de alternativas e, principalmente, diagnóstico, o tratamento, a prevenção e a reinserção dessas pessoas.
 
(REPÓRTER) Durante os trabalhos da subcomissão, os senadores ouviram pesquisadores, profissionais de saúde, educadores, assistentes sociais, e também ex-usuários, autoridades públicas e representantes da sociedade civil. Um dos principais problemas discutidos pelo colegiado foi a disseminação do crack nas diversas regiões do país, inclusive nas cidades do interior. Uma das conclusões tiradas pelo colegiado é que, para combater essa situação, são necessárias medidas integradas por parte do poder público, envolvendo ações conjuntas de diferentes ministérios e órgãos públicos. Em novembro, o presidente da subcomissão foi à Europa, juntamente com uma comitiva de deputados, conhecer experiências de Suécia, Holanda, Inglaterra e Portugal em relação às drogas. O senador Wellington Dias destacou que cada país tem suas particularidades quanto ao problema, mas alguns aspectos comuns têm propiciado bons resultados em todos eles.

(WELLINGTON DIAS) Todos os países estão colocando a prevenção como ponto principal, investindo um volume considerável, e atuam cada vez mais forte na área da reinserção social, que é considerado o grande desafio.
 
(REPÓRTER) O relatório final da subcomissão, elaborado pela senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, apresentou três propostas para aperfeiçoar o combate à questão das drogas. A primeira é ampliar o atendimento aos usuários, fortalecendo a atuação das entidades sociais do setor.
 
(AnaAmélia) Uma intensificação do apoio orçamentário para as chamadas comunidades terapêuticas que hoje respondem por 80% das internações.
 
(REPÓRTER) A segunda medida sugerida pela senadora Ana Amélia é o aumento da rede oficial de assistência, os CAPS-AD - Centros de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas.

(AnaAmélia) Como reconheceu a própria presidente Dilma Rousseff, esses CAPs atendem até as 18 horas. É exatamente na hora mais crítica, é a noite, quando os dependentes estão sob o efeito dessa droga e precisam de um atendimento.
 
(REPÓRTER) A terceira recomendação feita no relatório da subcomissão sobre dependentes químicos é que a Secretaria Nacional Anti-Drogas, hoje subordinada ao Ministério da Justiça, passe a atuar diretamente vincula
29/12/2011, 03h42 - ATUALIZADO EM 29/12/2011, 03h42
Duração de áudio: 02:59
Ao vivo
00:0000:00