Subcomissão debateu desafios do combate ao crime na faixa de fronteira — Rádio Senado

Subcomissão debateu desafios do combate ao crime na faixa de fronteira

LOC: COM BASE NOS TRABALHOS DE 2011, OS SENADORES DA SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA AMAZÔNIA E DA FAIXA DE FRONTEIRA QUEREM APRESENTAR JÁ NO INÍCIO DO ANO QUE VEM UM PLANO NACIONAL DE DEFESA E DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA E DA AMAZÔNIA.

LOC: EM 2011 A SUBCOMISSÃO, LIGADA À COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL, PROMOVEU UM CICLO DE AUDIÊNCIAS PÚBLICAS SOBRE OS DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL E O COMBATE AO CRIME NAS ÁREAS QUE SEPARAM O BRASIL DE SEUS VIZINHOS SUL-AMERICANOS. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA:

(REPÓRTER) Segundo o presidente da subcomissão, senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, foram feitas 20 reuniões em 2011, onze delas para audiências públicas sobre temas relacionados à fronteira, entre eles desenvolvimento econômico e social, infraestrutura, plano estratégico, questão indígena e fundiária e relações internacionais com os países fronteiriços. Segundo Mozarildo, a subcomissão recebeu 47 autoridades representantes de instituições como Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores e governos estaduais.

(MOZARILDO CAVALCANTI) Cobrimos mais de trinta instituições tanto do governo estadual quando federal, e de outras instituições da área para que possamos elaborar um relatório final e com base nele a comissão apresentar no ano que vem uma proposta de plano nacional de defesa e de desenvolvimento da faixa de fronteira e da Amazônia.

(REPÓRTER) Mozarildo Cavalcanti afirmou que o objetivo é apresentar a proposta de um Plano Nacional de Defesa e Desenvolvimento da Faixa de Fronteira e Amazônia já no início do ano que vem. 

(MOZARILDO CAVALCANTI) Que seja um Plano Nacional do Brasil, de Estado, e não de governo, e que possa valer por muitos governos e que possa representar um marco na história do cuidado e do tratamento dessas questões que envolvem essa extensa faixa de fronteira que são 18 mil quilômetros com dez países e além da Amazônia que sozinha representa 61 por cento do território nacional.

(REPÓRTER)O senador lembrou que o Brasil faz fronteira com os três maiores produtores mundiais de cocaína - Colômbia, Peru e Bolívia - e com o segundo maior produtor mundial de maconha: o Paraguai. Por isso, afirma Mozarildo Cavalcanti, as ações de combate a crimes devem ser conjuntas.

(MOZARILDO CAVALCANTI) precisamos para cuidar direito que também os nossos vizinhos cuidem. Diversos países tem problemas sérios com a produção de drogas, o contrabando de drogas para o país, o trafico de drogas, contrabando de armas, a nossa biodiversidade, o trafico de pessoas, é importante que tenhamos um acordo bem feito e uma ação bem fina de sintonia com todos esses países.

(REPÓRTER) Com exceção do Chile e do Equador, todos os países da América do Sul fazem fronteira com o Brasil. A faixa de fronteira abrange 588 municípios brasileiros de 11 estados, com cerca de 10 milhões de habitantes. A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, vice-presidente da subcomissão destacou a necessidade de o Congresso apoiar uma integração mais intensa entre Brasil e os países vizinhos. 

(ANA AMÉLIA) poderemos ter uma interatividade maior para permitir que também o próprio Congresso que tem o parlamento do Mercosul possa ajudar a implementação desses grandes programas.

(REPÓRTER) Os crimes mais comuns na faixa de fronteira são o tráfico de drogas, contrabando de armas, tráfico de pessoas, sonegação fiscal, roubo de veículos e crimes ambientais.
28/12/2011, 05h55 - ATUALIZADO EM 28/12/2011, 05h55
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