Senador quer discutir dispensa de placa que adverte sobre "pardais" — Rádio Senado

Senador quer discutir dispensa de placa que adverte sobre "pardais"

LOC: O SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI QUER UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A DISPENSA DA INSTALAÇÃO DE PLACA COM AVISO SOBRE FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA NAS RUAS E ESTRADAS.
 
LOC: UMA RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO COM ESSA REGRA JÁ ESTÁ EM VIGOR. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
 
(REPÓRTER) A partir de agora, os motoristas não podem mais recorrer de multas por excesso de velocidade sob o argumento de que não havia aviso sobre a existência de fiscalização eletrônica. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito dispensa as placas de advertência sobre a instalação dos chamados pardais. Mas proíbe que os equipamentos fiquem escondidos dos motoristas. Segundo as novas regras, as prefeituras não precisam mais fazer um estudo técnico para justificar a colocação de câmeras que monitoram a velocidade e também os avanços de sinal de trânsito. Ainda de acordo com a resolução do Contran, os pardais podem ser colocados em trechos de ruas, avenidas e rodovias que não tenham placa com o limite da velocidade da via. Para o integrante da Comissão de Desenvolvimento Regional, senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB e Roraima, as novas regras são um equívoco. Na avaliação dele, as placas de advertência ajudam na redução da velocidade.

(MOZARILDO CAVALCANTI) A placa dizendo que tem a fiscalização eletrônica e que tem pardal a tantos metros, ela automaticamente induz, ela faz com que o motorista reduza a velocidade. O efeito educativo e repressivo e preventivo sobre o aumento da velocidade é fundamental porque surte efeito. A educação e a fiscalização são as duas grandes armas. Por exemplo, é preciso aumentar a presença das policiais nas ruas e rodovias. 

(REPÓRTER) Mozarildo Cavalcanti antecipou que vai pedir a realização de uma audiência pública para discutir a nova resolução do Contran.
 
(REPÓRTER) Me parece até que tem o objetivo de aumentar a arrecadação dessas empresas responsáveis pelos pardais. Dispensar os estudos para avaliar se é necessário ou não instalar os pardais, acho muito absurdo. Creio que isso deva ser revisto e analisado. Vou recolher o material que está saindo nos jornais e analisar com outros colegas para realizamos uma audiência pública.
 
(REPÓRTER) Mozarildo Cavalcanti vai sugerir outra audiência pública, só que na Comissão de Direitos Humanos: para discutir os gastos públicos com acidentes de carro. Ele disse que o país perde 15 bilhões de reais por ano com despesas hospitalares e previdenciárias de vítimas de desastres automobilísticos.
26/12/2011, 00h38 - ATUALIZADO EM 26/12/2011, 00h38
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