Brasil crescerá mais e terá inflação menor em 2012, diz Tombini — Rádio Senado

Brasil crescerá mais e terá inflação menor em 2012, diz Tombini

LOC: O BRASIL VAI CRESCER MAIS E TER INFLAÇÃO MENOR NO ANO QUE VEM. A PREVISÃO FOI FEITA NESTA TERÇA-FEIRA, NO SENADO, PELO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ALEXANDRE TOMBINI. 

LOC: MAS OS SENADORES ESTÃO PREOCUPADOS COM ALGUNS INDICADORES ECONÔMICOS E NÃO DEMONSTRARAM O MESMO OTIMISMO. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

(REPÓRTER) A economia brasileira terá um feliz 2012, na opinião do presidente do Banco Central. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Alexandre Tombini afirmou que o Brasil vai crescer no próximo ano mais do que os três por cento previstos para 2011. Isso apesar da crise nos Estados Unidos e na Europa e da perspectiva de desaceleração da economia chinesa. 

(ALEXANDRE TOMBINI) O que nós estamos dizendo aqui, a mensagem, que o crescimento de 2012 será maior que o crescimento em 2011, e o crescimento no segundo semestre de 2012 será maior que o crescimento do primeiro semestre de 2012. 

(REPÓRTER) Crescimento da economia, queda da inflação. Segundo Alexandre Tombini, o índice anual, que atingiu o pico de 7,31 por cento em outubro, está numa trajetória descendente e deve se aproximar da meta de quatro e meio por cento no decorrer do próximo ano. 

(ALEXANDRE TOMBIN) A inflação de 2012 será menor que a de 2011, e nós estamos focados, no Banco Central, de trazer essa inflação para a meta. 

(REPÓRTER) Mas vários senadores não veem um cenário tão azul para 2012. Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, alertou que, entre outros fatores preocupantes, falta crédito para o setor produtivo. 

(SENADOR ARMANDO MONTEIRO) O crescimento do ano passado foi turbinado fortememente por um processo de expansão fiscal, de expansão do crédito, mas o fato é que a atividade econômica se desacelerou muito fortemente.

(REPÓRTER) E Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, está preocupado com o endividamento da população diante da possibilidade de desaquecimento da economia. 

(FRANCISCO DORNELLES) Houve um aumento grande de geração de emprego nos últimos anos, e as classes C e D, que tiveram muita facilidade de crédito, estão endividadas. 

(REPÓRTER) Dornelles também pediu a efetivação do cadastro positivo, uma lista de pessoas que pagam em dia as suas dívidas. Ele acredita que a medida poderia reduzir os juros cobrados pelos bancos. Segundo o senador, a queda nos últimos meses da taxa básica de juros, a Selic, não tem beneficiado o consumidor.
20/12/2011, 00h39 - ATUALIZADO EM 20/12/2011, 00h39
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