Planos poderão ser obrigados a cobrir custos de quimioterapia oral
LOC: OS PLANOS DE SAÚDE PODERÃO SER OBRIGADOS A COBRIR O CUSTO DE MEDICAMENTOS ORAIS NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER.
LOC: A PROPOSTA, DA SENADORA ANA AMÉLIA, FOI DISCUTIDA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. A IDEIA É GARANTIR MAIS QUALIDADE DE VIDA AOS PACIENTES E FACILITAR O TRATAMENTO EM CASA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(REPÓRTER): Atualmente, há mais de 10 tipos de medicamentos orais registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, para o tratamentos de diversos tipos de câncer, como o de pulmão e o de mama. No entanto, segundo especialistas, o custo do tratamento à base desses remédios pode chegar a 10 mil reais por mês. Durante o debate na Comissão de Assuntos Sociais, médicos oncologistas disseram que a chamada quimioterapia oral domiciliar é uma tendência e deve crescer nos próximos anos com a descoberta de novas drogas. Acrescentaram que, em muitos casos, os procedimentos são mais eficazes e têm menos efeitos colaterais que a quimioterapia tradicional. A presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, lamentou que o custo do tratamento não é coberto pelos planos de saúde, e os pacientes são obrigados a recorrer ao Sistema Único de Saúde, o SUS.
(LUCIANA HOLTZ): O que fica muito claro é que a gente está diante de uma lei que precisa ser atualizada. Uma lei que não está conseguindo acompanhar todos os avanços que a gente vem tendo ultimamente na medicina.
(REPÓRTER): Para reverter este quadro, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, apresentou um projeto que inclui a quimioterapia oral domiciliar na cobertura obrigatória dos planos de saúde. O relator, senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, lembrou que quase 50 milhões de brasileiros pagam planos de saúde e devem ter acesso ao melhor tratamento.
(SENADOR WALDEMIR MOKA): As pessoas portadoras de neoplasia tem que ter direito ao que tem de melhor em termos de medicação. Mas o importante é que quem paga o plano de saúde na hora que precisar ele tem que ser atendido.
(REPÓRTER): Já o representante dos planos de saúde, Arlindo de Almeida, afirmou que os pacientes devem ter acesso aos tratamentos mais caros, mas a conta deve ser paga pelo Estado. Arlindo de Almeida argumentou que as seguradoras e planos de saúde trabalham com uma margem de lucro de apenas um por cento e muitas empresas fechariam se tivessem de assumir novas responsabilidades.
(ARLINDO DE ALMEIDA) Todo paciente tem que ter acesso a isso. Agora de quem é essa obrigação? É da sociedade toda, é do Estado? É dos planos de saúde? O plano de saúde não tem condições de ir arcando com tudo. Nós estamos brigando para que haja uma diminuição de obrigações, para poder atingir a população de baixa renda.
(REPÓRTER): Se for aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, o projeto de Ana Amélia poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados.
LOC: A PROPOSTA, DA SENADORA ANA AMÉLIA, FOI DISCUTIDA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. A IDEIA É GARANTIR MAIS QUALIDADE DE VIDA AOS PACIENTES E FACILITAR O TRATAMENTO EM CASA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(REPÓRTER): Atualmente, há mais de 10 tipos de medicamentos orais registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, para o tratamentos de diversos tipos de câncer, como o de pulmão e o de mama. No entanto, segundo especialistas, o custo do tratamento à base desses remédios pode chegar a 10 mil reais por mês. Durante o debate na Comissão de Assuntos Sociais, médicos oncologistas disseram que a chamada quimioterapia oral domiciliar é uma tendência e deve crescer nos próximos anos com a descoberta de novas drogas. Acrescentaram que, em muitos casos, os procedimentos são mais eficazes e têm menos efeitos colaterais que a quimioterapia tradicional. A presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, lamentou que o custo do tratamento não é coberto pelos planos de saúde, e os pacientes são obrigados a recorrer ao Sistema Único de Saúde, o SUS.
(LUCIANA HOLTZ): O que fica muito claro é que a gente está diante de uma lei que precisa ser atualizada. Uma lei que não está conseguindo acompanhar todos os avanços que a gente vem tendo ultimamente na medicina.
(REPÓRTER): Para reverter este quadro, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, apresentou um projeto que inclui a quimioterapia oral domiciliar na cobertura obrigatória dos planos de saúde. O relator, senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, lembrou que quase 50 milhões de brasileiros pagam planos de saúde e devem ter acesso ao melhor tratamento.
(SENADOR WALDEMIR MOKA): As pessoas portadoras de neoplasia tem que ter direito ao que tem de melhor em termos de medicação. Mas o importante é que quem paga o plano de saúde na hora que precisar ele tem que ser atendido.
(REPÓRTER): Já o representante dos planos de saúde, Arlindo de Almeida, afirmou que os pacientes devem ter acesso aos tratamentos mais caros, mas a conta deve ser paga pelo Estado. Arlindo de Almeida argumentou que as seguradoras e planos de saúde trabalham com uma margem de lucro de apenas um por cento e muitas empresas fechariam se tivessem de assumir novas responsabilidades.
(ARLINDO DE ALMEIDA) Todo paciente tem que ter acesso a isso. Agora de quem é essa obrigação? É da sociedade toda, é do Estado? É dos planos de saúde? O plano de saúde não tem condições de ir arcando com tudo. Nós estamos brigando para que haja uma diminuição de obrigações, para poder atingir a população de baixa renda.
(REPÓRTER): Se for aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, o projeto de Ana Amélia poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados.
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