Collor critica papel exercido pelas lideranças no Congresso — Rádio Senado

Collor critica papel exercido pelas lideranças no Congresso

LOC: FERNANDO COLLOR CRITICA PAPEL EXERCIDO PELAS LIDERANÇAS PARTIDÁRIAS NO CONGRESSO. 

LOC: EM PRONUNCIAMENTO NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, O SENADOR TAMBÉM PROPÕE O FIM DAS EMENDAS INDIVIDUAIS AO ORÇAMENTO DA UNIÃO. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:  

TÉC.: O Congresso Nacional vive uma ditadura das lideranças. A opinião é do senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, para quem o poder exercido pelas lideranças é excessivo, desrespeita as minorias partidárias e, às vezes, até o Regimento Interno. Fernando Collor listou exemplos de situações em que, segundo ele, uma liderança legisla pelos liderados.

(FERNANDO COLLOR): O requerimento de urgência, a definição do tipo e da ordem das votações, e, por fim, a definição e o poder de veto que eles têm na agenda legislativa, o que não se coaduna com a dimensão deliberativa que é exigida pela democracia, que pressupõe o diálogo e o embate de idéias.

(REPÓRTER): O senador elogiou a dissertação de mestrado de Cristiana de Santis Mendes de Farias Mello, que propõe uma agenda para o Congresso no Século XXI. Com base nesse estudo, Fernando Collor propôs algumas mudanças, entre elas, o fortalecimento das comissões temáticas, a regulamentação do lobby e o respeito ao prazo de análise de vetos presidenciais. Collor também classificou o orçamento federal como uma peça de “faz de conta”, uma vez que é apenas autorizativo, e defendeu o fim das emendas orçamentárias individuais. Para o ex-presidente da República, a maioria das mudanças não interfere sequer na Constituição, e poderia dar um novo ritmo ao Congresso brasileiro.

(FERNANDO COLLOR): São propostas que, além de evitarem alterações na Constituição Federal, independem de uma reforma política, que conforme sabemos é reiteradamente reclamada pela sociedade e invariavelmente postergada por nós mesmos.

(REPÓRTER): Em aparte, os senadores pelo Distrito Federal Rodrigo Rollemberg, do PSB, e Cristovam Buarque, do PDT, concordaram com a necessidade de mudanças na legislação e na relação entre o Congresso e o Executivo.
18/11/2011, 06h00 - ATUALIZADO EM 18/11/2011, 06h00
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