Alvaro Dias diz que PSDB só votará DRU se governo investir mais na Saúde — Rádio Senado

Alvaro Dias diz que PSDB só votará DRU se governo investir mais na Saúde

LOC: O LÍDER DO PSDB, SENADOR ALVARO DIAS, DISSE QUE SEU PARTIDO SÓ ACEITA VOTAR A PRORROGAÇÃO DA DRU, A DESVINCULAÇÃO DAS RECEITAS DA UNIÃO, SE O GOVERNO CONCORDAR EM APLICAR 10% DOS INVESTIMENTOS FEDERAIS NA ÁREA DE SAÚDE. 

LOC: ELE CONVERSOU COM O REPÓRTER CELSO CAVALCANTI, QUE TRAZ AS INFORMAÇÕES. 

TÉC.: A desvinculação das receitas da União, DRU, dá ao governo flexibilidade para usar como quiser até 20% de suas receitas. A vigência desse instrumento acaba em dezembro, mas uma proposta de emenda à Constituição em análise na Câmara prorroga o prazo da DRU até 2015. A expectativa é que a matéria seja votada em segundo turno pelos deputados na terça-feira da semana que vem, para que em seguida ela seja enviada ao Senado. Mas o senador Alvaro Dias, do Paraná, líder do PSDB, já avisou que seu partido é contra a prorrogação da DRU por mais quatro anos.

SENADOR ALVARO DIAS: A nossa posição original é de rejeitarmos essa prorrogação da DRU, porque ela cumpriu seu papel, era necessária em determinado momento de inflação galopante no país quando era impossível planejar. Agora não há mais sentido, nós temos estabilidade econômica e temos o ajuste fiscal. Não há porque oferecer um cheque em branco de mais de R$ 62 bilhões ao governo.

REPÓRTER: Alvaro Dias, porém, admitiu negociar a prorrogação da DRU se o governo concordar com a regulamentação aprovada pelo Senado para a emenda constitucional 29, que estipula os percentuais a serem investidos por União, estados e municípios na área da saúde.

SENADOR ALVARO DIAS: Se houver um ganho para a saúde, nós podemos facilitar a votação da DRU, se antes da votação o governo aceitar aprovar a regulamentação da emenda 29, estabelecendo que o percentual do governo federal de contribuição para a saúde pública no país é de 10% da receita, ou seja restabelecendo a proposta original que foi aprovada pelo Senado.

REPÓRTER: O projeto que regulamenta a emenda 29 teve origem no Senado Federal, mas como sofreu alterações durante sua votação na Câmara, teve de retornar para análise dos senadores.
14/11/2011, 05h42 - ATUALIZADO EM 14/11/2011, 05h42
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