Segundo CNM 63.7% dos municípios enfrentam problemas com a droga

LOC: PARTE DOS RECURSOS ARRECADADOS COM IMPOSTOS QUE INCIDEM SOBRE A PRODUÇÃO DE CIGARROS E BEBIDAS PRECISAM IR PARA O COMBATE ÀS DROGAS. FOI O QUE DEFENDEU O PRESIDENTE DA SUBCOMISSÃO DO SENADO QUE ESTUDA MEDIDAS PARA COMBATER O USO DE DROGAS NO PAÍS, WELLILNGTON DIAS, DO PT DO PIAUÍ. LOC: NESTA SEGUNDA FEIRA O PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS, PAULO ZULKOSK APRESENTOU DADOS DE UMA PESQUISA REVELANDO QUE 63,7 POR CENTO DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS ENFRENTAM PROBLEMAS NA ÁREA DE SAÚDE POR CAUSA DO CONSUMO DE CRACK. PATRÍCIA NOVAES: A pesquisa sobre o Impacto do Crack e outras Drogas e as Principais Áreas Afetadas foi realizada entre os meses de agosto e outubro deste ano e revelou, entre outras coisas, que a área da Saúde é a mais afetada pelo problema do consumo do Crack no Brasil. Dos quatro mil, quatrocentos e trinta municípios ouvidos pela CNM 4114 relataram problemas relacionados ao uso de drogas. A maior parte deles na região Sudeste, seguida da Região Nordeste. O Presidente da Confederação Nacional de Municípios Paulo Zilkoski considerou alarmante o problema do uso de drogas no País e disse que o governo precisa tomar medidas urgentes para resolver a questão: (Paulo Zilkoski) - Em 2010 o orçamento da União consignou 124 milhões para o enfrentamento à prevenção ou assistência aos dependentes em todo o País. Quando nós fomos olhar a execução orçamentária no final do ano apenas 5 milhões eu repito o número, cinco milhões de reais é que o governo federal gastou nessa rubrica. (Patrícia) – O presidente da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de álcool, “Crack” e outros, senador Wellington Dias, concorda com Zilkoski. Para ele o problema do consumo de drogas no Brasil é um dos maiores desafios a serem enfrentados pelo País. Como forma de garantir os recursos para políticas públicas voltadas ao combate e prevenção das drogas ele defendeu a adoção de medidas como as que vem sendo tomadas por outros Países. (Wellington) A minha tese é que esse dinheiro deve vir do que a sociedade cobra de imposto de industrizliação sobre a bebida, sobre o cigarro, vem do ICMS, vem de um conjunto de tributos cobrados das bebidas e dos cigarros. Se nós separarmos um terço nós teremos cerca de 3 bilhões de reais por ano para investir em toda a política. (Patrícia) - A subcomissão do Senado deve concluir o relatório sobre o assunto até o dia 16 de dezembro. O senador Wellington Dias afirmou que as duas pesquisas da Confederação Nacional de Municípios serão levadas em conta pela subcomissão.