Quilombolas reivindicam reconhecimento de posse de terra
LOC: MORADORES DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS PEDIRAM APOIO PARA REIVINDICAÇÕES COMO O RECONHECIMENTO DA POSSE DA TERRA E ACESSO A POLÍTICAS PÚBLICAS, DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO.
LOC: A AUDIÊNCIA REUNIU LIDERANÇAS DE TODO O PAÍS QUE PARTICIPARAM DA PRIMEIRA MARCHA NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS POVOS QUILOMBOLAS, NESTA SEGUNDA-FEIRA EM BRASÍLIA. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS.
(REPÓRTER): A reunião chegou a ser interrompida durante uma hora para que todos que queriam acompanhar a discussão da sala da Comissão de Direitos Humanos fossem acomodados. Os quilombolas puderam relatar os problemas que enfrentam nas comunidades. O representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Ivo Fonseca, do Maranhão, lembrou que as dificuldades são históricas.
(IVO FONSECA): Essa luta ela não começa hoje, ela começa quando nosso povo chega na condição de escravo, na hora que a gente chega na condição de escravo, nos começamos a lutar.
(REPÓRTER): Os quilombolas reclamaram do avanço de fazendeiros e grileiros sobre a área que ocupam e da falta de políticas públicas que garantam a manutenção dos quilombos, como acesso a saúde, educação e até mesmo a serviços básicos como energia elétrica e melhoria das estradas que dão acesso às comunidades. O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, presidente da Comissão, destacou a importância de discutir a situação dos quilombos na CDH.
(PAULO PAIM): Nosso povo quilombola precisa de apoio e proteção, é símbolo e herança cultural máxima da nossa gente, merece proteção, e mais do que isso, garantias de dignidade e promoção dos direitos humanos.
(REPÓRTER): A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, explicou que o processo de reconhecimento da posse de áreas quilombolas é complexo.
(LUIZA BAIRROS): A questão da terra pras as comunidades quilombolas de todas as questões fundiárias é a mais difícil. Não apenas porque somos negros, e aos negros ao longo da historia a maioria dos direitos foi negada, mas porque nos quilombos...é declarar como propriedade coletiva um pedaço do território brasileiro.
(REPÓRTER): Segundo a Fundação Palmares, responsável por acompanhar o processo de titulação dos quilombos, a certificação já foi concedida a mais de mil e setecentas comunidades, mas ainda existem mais de 3 mil áreas que precisam ser regularizadas.
LOC: A AUDIÊNCIA REUNIU LIDERANÇAS DE TODO O PAÍS QUE PARTICIPARAM DA PRIMEIRA MARCHA NACIONAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS POVOS QUILOMBOLAS, NESTA SEGUNDA-FEIRA EM BRASÍLIA. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS.
(REPÓRTER): A reunião chegou a ser interrompida durante uma hora para que todos que queriam acompanhar a discussão da sala da Comissão de Direitos Humanos fossem acomodados. Os quilombolas puderam relatar os problemas que enfrentam nas comunidades. O representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Ivo Fonseca, do Maranhão, lembrou que as dificuldades são históricas.
(IVO FONSECA): Essa luta ela não começa hoje, ela começa quando nosso povo chega na condição de escravo, na hora que a gente chega na condição de escravo, nos começamos a lutar.
(REPÓRTER): Os quilombolas reclamaram do avanço de fazendeiros e grileiros sobre a área que ocupam e da falta de políticas públicas que garantam a manutenção dos quilombos, como acesso a saúde, educação e até mesmo a serviços básicos como energia elétrica e melhoria das estradas que dão acesso às comunidades. O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, presidente da Comissão, destacou a importância de discutir a situação dos quilombos na CDH.
(PAULO PAIM): Nosso povo quilombola precisa de apoio e proteção, é símbolo e herança cultural máxima da nossa gente, merece proteção, e mais do que isso, garantias de dignidade e promoção dos direitos humanos.
(REPÓRTER): A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, explicou que o processo de reconhecimento da posse de áreas quilombolas é complexo.
(LUIZA BAIRROS): A questão da terra pras as comunidades quilombolas de todas as questões fundiárias é a mais difícil. Não apenas porque somos negros, e aos negros ao longo da historia a maioria dos direitos foi negada, mas porque nos quilombos...é declarar como propriedade coletiva um pedaço do território brasileiro.
(REPÓRTER): Segundo a Fundação Palmares, responsável por acompanhar o processo de titulação dos quilombos, a certificação já foi concedida a mais de mil e setecentas comunidades, mas ainda existem mais de 3 mil áreas que precisam ser regularizadas.
