Senadores querem Força Nacional no combate a milícias no Rio de Janeiro — Rádio Senado

Senadores querem Força Nacional no combate a milícias no Rio de Janeiro

LOC: SENADORES VÃO DISCUTIR O USO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA NO COMBATE ÀS MILÍCIAS QUE ATUAM NO RIO DE JANEIRO. 

LOC: A UTILIZAÇÃO DA TROPA ESPECIAL SERIA UMA RESPOSTA ÀS AMEAÇAS DE MORTE QUE LEVARAM DEPUTADO DO RIO A SE ESCONDER FORA DO PAÍS. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:

(REPÓRTER): O deputado Marcelo Freixo, que presidiu a CPI das Milícias na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro em 2008, anunciou nesta terça-feira que aceitou convite da Anistia Internacional para morar fora do país por alguns meses. Só nos últimos 30 dias, ele sofreu sete ameaças de morte motivadas pela investigação sobre esses grupos criminosos, em geral formados por policiais e ex-policiais, além de políticos corruptos. As milícias cobram taxas de moradores em troca de segurança, e muitas vezes controlam serviços como o de distribuição de gás e de transporte pirata. A falta de segurança do deputado estadual repercutiu no Senado. Para o presidente da Subcomissão de Segurança Pública, senador Pedro Taques, do PDT do Mato Grosso, o episódio representa a total falência da segurança pública no país. Ele afirmou que a subcomissão vai discutir o assunto nos próximos dias com dois focos: o papel das polícias militar e civil e a possível convocação da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no combate às facções criminosas:
(PEDRO TAQUES): nós vamos debater isso dentro da comissão de segurança, esse é um, dos temas que nós vamos levar para o debate. E também temos que pensar o papel da polícia, nós temos duas polícias com sede estadual que têm uma discussão, uma briga genética, está do DNA das duas polícias. Isso tem que ser resolvido, porque quem está sofrendo prejuízo é o cidadão, e as milícias comprovam exatamente isso.
(REPÓRTER): A Força Nacional de Segurança, subordinada ao Ministério da Justiça, foi criada há sete anos e já atuou no Rio de Janeiro duas vezes, nos jogos Pan Americanos de 2007 e em operações nas vias expressas e no Complexo do Alemão. Mas para a senadora Marinor Brito, do Psol do Pará, o problema, dessa vez, só será resolvido se houver mudança de atitude do governo estadual. Marinor Brito acusou o atual governador do Rio de Janeiro de ser omisso com relação às recomendações da CPI das Milícias:
(MARINOR BRITO): O governador Sérgio Cabral, que prioriza as operações espetaculares, como a ocupação do morro do Alemão, em detrimento das medidas efetivas para esvaziar o poder das milícias, não efetivou uma única medida recomendada pela CPI aprovada por unanimidade pela assembléia legislativa do estado do rio de janeiro.
(REPÓRTER): O trabalho da CPI levou ao indiciamento de 225 suspeitos de envolvimento com as milícias. Nesta terça-feira, houve manifestação popular de solidariedade ao deputado Marcelo Freixo em frente à Assembléia Legislativa, e nova mobilização é planejada para o próximo domingo na zona Sul do Rio. 
01/11/2011, 05h45 - ATUALIZADO EM 01/11/2011, 05h45
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