Brasil deve buscar mais integração com países da América do Sul — Rádio Senado

Brasil deve buscar mais integração com países da América do Sul

LOC: O BRASIL DEVE BUSCAR MAIS INTEGRAÇÃO COM OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL NA ÁREA DE FRONTEIRA.

LOC : A AFIRMAÇÃO FOI FEITA POR PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A QUESTÃO INDÍGENA E FUNDIÁRIA, PROMOVIDA NESTA QUARTA-FEIRA PELA SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA AMAZÔNIA E DA FAIXA DE FRONTEIRA. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA:

(REPÓRTER): O senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, presidente da Subcomissão ligada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, destacou que falta integrar mais os povos que vivem nas fronteiras do Brasil com os seus vizinhos. Falta também, segundo Mozarildo, mais troca de informações entre os diferentes órgãos públicos envolvidos nesta questão:
(MOZARILDO CAVALCANTI): são 18 mil quilometros de fronteira, estados estão com problemas seríssimos, reclamam as autoridades que ouvimos aqui em depoimentos, que não há uma integração de ações entre a esfera federal, e a estadual, muito menos com a municipal.
(REPÓRTER): João Luiz Pereira Pinto, diretor do Departamento da América do Sul do Ministério da Relações Exteriores, afirmou que cada país tem uma legislação diferente para a fronteira, o que exige um diálogo constante. Segundo ele, visões distorcidas sobre os vizinhos prejudicam a integração:
(JOÃO LUIZ) Na América do Sul vivemos muito em cima de estereótipos e o desconhecimento é muito grande, são estereótipos negativos, e esses esforços de integração que muitas vezes vem de esforços promovidos pelas comunidades de fronteira, eles têm que ser construídos mais pela realidade e menos pelo imaginário.
(REPÓRTER): O diretor de Proteção Territorial da Funai, Carlos Lisboa Travassos, afirmou que o Brasil é o único país que tem e reconhece a presença de povos indígenas isolados ou de contato recente. E que o monitoramento das comunidades indígenas é feito no Brasil há 23 anos.
(CARLOS TRAVASSOS): acredito que o desafio agora é azeitar essas comunicações e trocas de informações para o banco de dados e conseguir trabalhar com essas instituições, o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça para realizar um bom monitoramento de áreas muito extensas que são as terras indígenas nessas regiões de fronteira.
(REPÓRTER): A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, que presidiu a reunião, ressaltou que as necessidades nas áreas fronteiriças diferem entre os estados brasileiros.
19/10/2011, 00h15 - ATUALIZADO EM 19/10/2011, 00h15
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