Colóquio discute a proteção de espécies ameaçadas de extinção — Rádio Senado

Colóquio discute a proteção de espécies ameaçadas de extinção

LOC: A PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO E DA SOCIEDADE É FUNDAMENTAL PARA A CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO. LOC: FOI O QUE DISCUTIRAM, NESTA SEXTA-FEIRA, AUTORIDADES E ESPECIALISTAS PARTICIPANTES DE ENCONTRO PROMOVIDO PELA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DO SENADO. A REPORTAGEM É DE LUÍS CARLOS FONTELES, COM PRODUÇÃO DE GEOVANA MARTINS: (REPÓRTER): O colóquio "A proteção de espécies ameaçadas de extinção no Brasil" foi promovido pela Comissão de Meio Ambiente do Senado, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, a União Internacional para a Conservação da Natureza e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O objetivo foi discutir a situação das espécies ameaçadas, os modelos jurídicos, a política de conservação e a conexão entre economia e biodiversidade. Para o ministro do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin, a biodiversidade só estará protegida num esforço conjunto da sociedade, mas com a participação efetiva do Poder Público. (HERMAN BENJAMIN): Não é possível se imaginar que se vai fazer conservação da natureza sem a participação do Estado. Acho que o Brasil pode, por meio de sua ministra do Meio Ambiente e do seu Parlamento, e do seu Judiciário, e da Sociedade Civil, afirmar esse compromisso com as gerações futuras. (REPÓRTER): Seiscentas e vinte e sete espécies de animais estão ameaçadas de extinção no Brasil, compreendendo mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes e invertebrados. Elas estão catalogadas no ¿Livro Vermelho¿, estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2008. Para a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, é preciso sensibilizar os brasileiros para o problema, que é responsabilidade de todos. (IZABELLA TEIXEIRA): Nós temos que evoluir no acesso, na viabilidade à pesquisa e ao uso dessas áreas pela ciência, mas como também pela população brasileira. Só se protege aquilo que se conhece, só se protege aquilo que você tem estima, passa a ser um valor do dia-a-dia do cidadão brasileiro. Isso que eu chamo de cidadania ambiental. E é difícil mudar esse comportamento, às vezes pelo Estado, pelas insuficiências que o Estado apresenta, mas também pela informação. (REPÓRTER): 68 por cento das espécies ameaçadas vivem nas unidades de conservação do país. O senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal e presidente da Comissão de Meio Ambiente, diz o que o Congresso Nacional pode fazer para barrar esse processo de perda irreversível da biodiversidade brasileira. (RODRIGO ROLLEMBERG): Construir políticas, construir ações conjuntas para reverter esse processo de mais de 600 espécies ameaçadas de extinção. Está na aprovação do Código Florestal moderno que garanta áreas de preservação permanente, preservando os habitats onde esses animais se reproduzem, se alimentam, se abrigam. (REPÓRTER): De acordo com os organizadores do encontro sobre espécies ameaçadas de extinção, o Brasil é responsável pela gestão do maior patrimônio de biodiversidade do mundo. São cerca de 210 mil espécies, sendo 134 mil animais e 49 mil plantas. Da Rádio Senado, com produção de Geovana Martins, Luís Carlos Fonteles.
14/10/2011, 04h11 - ATUALIZADO EM 14/10/2011, 04h11
Duração de áudio: 02:51
Ao vivo
00:0000:00