Brasil está vulnerável e Forças Armadas passam por crise estrutural — Rádio Senado

Brasil está vulnerável e Forças Armadas passam por crise estrutural

LOC: O BRASIL ESTÁ VULNERÁVEL E AS FORÇAS ARMADAS PASSAM POR CRISE ESTRUTURAL.

LOC: A CONCLUSÃO É DE DEBATEDORES REUNIDOS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS.

O Brasil é um país pacífico, mas se sofresse alguma agressão hoje teria dificuldades para reagir. Isso porque os cerca de 320 mil soldados não teriam armas nem tecnologia para um combate adequado. A preocupação foi externada pelo general Luiz Eduardo Rocha Paiva, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. A precariedade complica o trabalho das forças armadas, responsáveis, por exemplo, pela defesa das fronteiras e pela vigilância do espaço aéreo. E, segundo o general Luiz Eduardo Paiva, existem, sim, ameaças. Ele citou a aprovação, pelo Brasil, de grandes extensões de terras indígenas e da Declaração das Nações Unidas para os Povos Indígenas. Um texto que, segundo o general, traz graves riscos ao dar autonomia a esses povos e restringir a ação das forças armadas.
(LUIZ EDUARDO PAIVA) Autonomia maior que os estados da federação, nós estaremos atomizando a federação, porque temos mais terras indígenas que estados na federação. E eu lembro que se tem terra, se tem povo considerado nação, se tem instituições políticas e jurídicas próprias, você tem estado nação, e é aí que mora a ameaça, ás vezes ela está dentro do país mesmo.
(REPÓRTER) O professor da Unicamp, João Quartim de Moraes, concordou com a necessidade de aparelhar melhor a defesa nacional e lembrou que a Amazônia é ponto estratégico quando se fala em manutenção da soberania.
(JOÃO QUARTIM DE MORAES) Potências teriam alguma dificuldade amanhã se uma cobiça pela Amazônia fosse forte, de inventar um estado independente, de tal e tal etnia: Eu acredito que não, eles fariam, porque o último argumento é a força, mesmo.
(REPÓRTER) O presidente da Comissão, senador Fernando Collor, do PTB alagoano, ressaltou que os últimos governos brasileiros tiveram que se preocupar com ameaças internas, como a inflação e a pobreza, e saudou o momento atual do país que, segundo ele, é de pensar e agir sobre outras áreas. Como exemplo, Fernando Collor citou a recente criação do plano nacional de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas.
(FERNANDO COLLOR) Isso demonstra a preocupação que o governo brasileiro está dando, a partir de agora a esse tema de extrema relevância para o nosso futuro, como é a defesa nacional. Rep: Também participou da audiência o consultor do Senado Janisval Brito Gonçalves. A Comissão de Relações Exteriores volta a se reunir nesta quinta-feira, às dez da manhã.
03/10/2011, 09h33 - ATUALIZADO EM 03/10/2011, 09h33
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