CCJ debate proposta que estabelece ações exclusivas dos formados em Medicina — Rádio Senado

CCJ debate proposta que estabelece ações exclusivas dos formados em Medicina

LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DEBATEU NESSA QUINTA-FEIRA O PROJETO DO ATO MÉDICO.
 
LOC: A PROPOSTA ESTABELECE QUAIS SÃO AS AÇÕES DE SAÚDE SÃO PRIVATIVAS DOS FORMADOS EM MEDICINA E QUAIS PODEM SER EXERCIDAS POR OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. REPORTER LARISSA BORTONI.
 
Entre as ações, que de acordo com o projeto do ato médico são exclusivas dos bacharéis de medicina, estão o diagnóstico e a prescrição dos tratamentos. O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D¿àvila, considera bastante acertada essa definição, pois retrata o que acontece nos dias atuais. (ROBERTO) Todas as pessoas quando seus pais adoecem. Seus filhos adoecem querem levar a um médico. Procuram um médico para fazer o diagnóstico de suas doenças, e que ele determine a instituição. Portanto, esse projeto não inova. Não cria. Não inventa. Esse é um projeto que retrata o que é a sociedade nos dias de hoje. (LB) Mas profissionais de outras áreas da saúde argumentam que o cidadão tem o direito a escolher o tratamento, sem ter que, obrigatoriamente, passar por uma consulta médica. Questionam ainda como os médicos poderão, por exemplo, recomendar um procedimento na área de fisioterapia, se não conhecem as técnicas da profissão. O representante do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, José Roberto Borges dos Santos, disse que se esse ponto da proposta for mantido, quem vai perder é a população. (JOSÉ ROBERTO) Não há clima de confronto, ou briga por espaço do profissional. Há sim uma preocupação muito grande com o futuro da saúde no Brasil. A aprovação desse projeto de lei inviabilizará com toda certeza, o bom e necessário atendimento à população, principalmente a mais carente. (LB) O vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o senador José Pimentel, do PT do Ceará, explicou que ao promover a audiência pública, a CCJ busca um acordo. (PIMENTEL) Para que possamos ter nos próximos cem, duzentos anos, uma saúde cada vez mais eficiente e qualificada e que permita a nós ter uma vida de melhor qualidade e uma longevidade muito maior. (LB) O projeto do ato médico está no Congresso desde 2002. Já foi aprovado uma vez no Senado, mas como foi modificado pelos deputados, voltou para um novo exame dos senadores. O relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça é o senador Antonio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe.
29/09/2011, 05h54 - ATUALIZADO EM 29/09/2011, 05h54
Duração de áudio: 02:24
Ao vivo
00:0000:00