Projeto da Comissão da Verdade terá prioridade na pauta de votações — Rádio Senado

Projeto da Comissão da Verdade terá prioridade na pauta de votações

LOC: O PROJETO DA COMISSÃO DA VERDADE PARA INVESTIGAR OS CRIMES DA DIDATURA MILITAR SERÁ PRIORIDADE NA PAUTA DE VOTAÇÕES DO SENADO.  

LOC: A PROPOSTA CONTA COM O APOIO DA OPOSIÇÃO, QUE CONSEGUIU APROVAR MUDANÇAS NO PROJETO DURANTE A VOTAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Aprovada a Comissão da Verdade na Câmara dos Deputados na semana passada, o Palácio do Planalto tem pressa para votar o projeto no Senado. O colegiado vai investigar as violações aos direitos humanos acontecidas entre os anos de 1946 até1988, em especial os ocorridos na época da Ditadura Militar no período de 1964 a 1985. A Comissão vai contar com sete membros, indicados pela presidente da República, que terão o prazo de dois anos para apresentar um relatório com os resultados do trabalho. Para isso poderão ser consultados até mesmo documentos secretos. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou que a proposta será apreciada logo após a votação de quatro medidas provisórias que trancam a pauta do Senado. Segundo ele, a ideia é aprovar o texto que passou pela Câmara dos Deputados.
(JUCÁ) A Comissão da Verdade é uma prioridade a ser discutida e votada. Claro que vamos discutir esse assunto com os senadores. Mas já se avançou muito na Câmara. A base do governo quer a Comissão da Verdade e a oposição fez um acordo na Câmara para ajustar o texto. Portanto, o texto já vem para cá com um ajuste político feito entre a base do governo e oposição. Acredito que teremos condições de termos uma tramitação rápida aqui no Senado.
(REPÓRTER) O líder do Democratas, senador Demóstenes Torres, de Goiás, descartou dificuldades para a votação da Comissão da Verdade. Ele explicou que a oposição alterou o projeto na Câmara estabelecendo os critérios para a indicação dos sete integrantes do colegiado.
(DEMÓSTENES) Não temos nada contra a Comissão da Verdade. O que queríamos era que houvesse algumas garantias para que pessoas apaixonadas e comprometidas com o tema, fanáticos de direita e de esquerda não participassem dessa Comissão. Era o mínimo para evitar que pessoas comprometidas quisessem usar a Comissão para prevalecer não a verdade, mas a verdade delas mesmas.
(REPÓRTER) Caberá à presidente Dilma Rousseff nomear sete pessoas que não ocupem cargos no governo ou de direção partidária. Elas ainda terão de agir com imparcialidade, não representando as vítimas da Ditadura ou os militares. A Comissão, que não terá o poder de punir ninguém, poderá solicitar informações ao Poder Público e perícias, além de convocar testemunhas.
26/09/2011, 12h17 - ATUALIZADO EM 26/09/2011, 12h17
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