Hospitais universitários podem ser administrados por empresa pública — Rádio Senado

Hospitais universitários podem ser administrados por empresa pública

LOC: JÁ ESTÁ NO SENADO O PROJETO QUE CRIA UMA EMPRESA PÚBLICA PARA ADMINISTRAR OS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS DO PAÍS.

LOC: O PROJETO FOI APROVADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS E PROMETE GERAR POLÊMICA NA VOTAÇÃO DO SENADO, ONDE UMA MEDIDA PROVISÓRIA COM O MESMO OBJETIVO FOI ARQUIVADA NO COMEÇO DE JUNHO. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA.

A nova estatal tem por objetivo administrar os hospitais universitários, as unidades hospitalares e a prestação de serviços de assistência médica hospitalar do SUS. O ponto mais polêmico está no que se refere à autonomia universitária. Diversas entidades profissionais se manifestaram contra a mudança, como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Federais De Medicina e Farmácia. Alegam que o projeto tira a autonomia das universidades e pode prejudicar as pesquisas. O governo, autor da proposição, argumenta que a empresa permitiria maior autonomia financeira e a contratação de mais pessoal. São 45 hospitais universitários da administração pública federal, que empregam cerca de 80 mil profissionais. A sede deverá ser em Brasília, com escritórios nos estados. O quadro de pessoal deverá ser contratado por concurso, e os servidores públicos que já trabalham nos hospitais universitários federais poderão ser sedidos à nova empresa. O projeto aprovado na Câmara resgata o texto da medida provisória que foi arquivada no Senado em junho, por decurso de prazo, após acalorado debate no plenário. Na ocasião, o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, e outros senadores da oposição foram contra a mudança.
(FLEXA RIBEIRO) uma leitura atenta mostra que a criação de uma empresa ebserh para administrar esses hospitais leva o perigo à porta dessas instituições, ameaçando o atendimento à população mais pobre que é atendida pelo Sus.
(REPÓRTER) Já os governistas, em grande parte, defenderam a criação da nova empresa, como o senador Walter Pinheiro, do PT da Bahia.
(WALTER PINHEIRO) Ainda que a gestão dessa empresa seja centralizada, cada universidade continuará tendo inclusive dentro da autonomia universitária o poder de decidir em que níveis e quais as contratações devem ser feitas para atender a demanda dessas universidades.
(REPÓRTER) No senado, o projeto será analisado pelas comissões de Constituição Justiça e Cidadania, de Assuntos Sociais e de Educação.
23/09/2011, 01h24 - ATUALIZADO EM 23/09/2011, 01h24
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