Depoentes que foram ameaçados serão ouvidos em reunião secreta — Rádio Senado

Depoentes que foram ameaçados serão ouvidos em reunião secreta

LOC: DEPOENTES DA CPI DO ECAD QUE FORAM AMEAÇADOS SERÃO OUVIDOS EM UMA REUNIÃO SECRETA.

LOC: O PRESIDENTE DA CPI, SENADOR RANDOLFE RODRIGUES, DISSE AINDA NESTA QUINTA QUE VAI ENCAMINHAR RELATOS DE INTIMIDAÇÃO PARA A POLÍCIA FEDERAL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.

Em depoimento na CPI do Ecad, que investiga supostas irregularidades praticadas pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de direitos autorais, o ex-funcionário da União Brasileira de Compositores, Rafael Cortes, disse ter recebido telefonemas ameaçadores de números desconhecidos. As ameaças vieram depois de ele ter falado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro sobre o caso Milton Coitinho, um motorista que teve seus dados usados em um desvio de 128 mil reais. O presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, disse que vai tomar providências imediatas.
(RANDOLFE RODRIGUES) Não será admitido nesta Comissão Parlamentar de Inquérito que nenhuma das testemunhas sofram qualquer tipo de ameaça. Eu quero deixar claro pra quem ameaça que não terá vida fácil. Essa Comissão Parlamentar de Inquérito vai fazer as comunicações devidas para a Polícia Federal. Quem está fazendo ameaças vai se dar mal.
(REPÓRTER) Randolfe anunciou ainda que vai votar na próxima reunião da CPI um pedido para uma reunião secreta. O depoente Rafael Cortes concordou, que desta forma, poderá revelar mais informações, inclusive nomes
(RAFAEL CORTES) Eu tenho ciência de que é uma fraude, agora como isso ocorreu
(RANDOLFE ) O senhor desconfia quem está envolvido?
(RAFAEL CORTES) Eu já disse que desconfio de diversas pessoas e que eu vou me reservar...
(RANDOLFE) O senhor poderia falar em uma sessão secreta?
(RAFAEL CORTES) Acredito que sim doutor, acredito que sim.
(REPÓRTER) A CPI ouviu também o gerente-executivo de distribuição do Ecad, Mário Campos. Ele apresentou dados positivos da arrecadação e da distribuição, e negou que haja falhas no escritório. (Mário Campos) Bom, me desculpa, mas assim, eu não vejo fragilidade. Pelo contrário, não foi muito fácil. A pessoa que fez e que cometeu essa fraude contra o sistema, ela conhecia muito bem o sistema.
(REPÓRTER) Mario Campos disse que o caso Coitinho, apesar de ter chegado à mídia em março, era investigado pelo Ecad e pela União Brasileira de Compositores desde o ano passado.
22/09/2011, 01h49 - ATUALIZADO EM 22/09/2011, 01h49
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