Proposta que acaba com coligações partidárias volta a ser debatida na terça — Rádio Senado

Proposta que acaba com coligações partidárias volta a ser debatida na terça

LOC: OS SENADORES DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA VOLTAM A DISCUTIR NESTA TERÇA-FEIRA A PROPOSTA QUE ACABA COM AS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS NAS ELEIÇÕES DE DEPUTADOS E VEREADORES.

LOC: A INICIATIVA É POLÊMICA E DIVIDE A OPINIÃO DOS PARLAMENTARES. MAIS DETALHES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM.

A Proposta de Emenda à Constituição, apresentada pela Comissão Especial da Reforma Política acaba com as coligações partidárias nas eleições proporcionais, ou seja, para deputados federais, estaduais e distritais, e vereadores. O tema é polêmico e já tinha sido aprovado na CCJ, mas voltou à discussão para ser analisado em conjunto com outra matéria que trata do mesmo assunto. O relatório do senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, permite a união das legendas apenas nas disputas para presidente, governador, senador e prefeito. Raupp disse que a iniciativa busca impedir as coligações criadas por interesse, com siglas de aluguel apenas para aumentar o tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV. Para Raupp, a fortalece os partidos. (Raupp) O eleitor vota e muitas vezes elege um vereador, um deputado sem querer votar naquela pessoa. Ele vota num aglomerado de partidos, e acaba elegendo muitas vezes um representante que não é bem o que ele queria. Acho que com o fim das coligações proporcionais, cada partido lançando a sua chapa, ficaria um pouco mais claro para o eleitor escolher o seu partido, escolher os seus candidatos. (Cardim) O senador Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, apresentou um voto pela rejeição da proposta. Ele disse que as coligações fazem parte da cultura política brasileira e só foram proibidas durante os períodos de ditadura, no chamado Estado Novo e após o golpe militar de 64. Arruda argumentou que a medida prejudicaria os pequenos e médios partidos, que não conseguissem o número de votos suficientes para eleger seus parlamentares. (Arruda) Na verdade em nosso país, as coligações nas eleições proporcionais tem como uma das suas razões permitir que os partidos políticos superem sucessivas cláusulas de barreiras existentes na maioria dos estados, no correspondente quociente eleitoral. (Cardim) Após a análise na CCJ, a Proposta de Emenda à Constituição ainda deve ser votada duas vezes pelo plenário do Senado antes de ser encaminhada para a Câmara dos Deputados.
05/09/2011, 12h24 - ATUALIZADO EM 05/09/2011, 12h24
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