Ex-ministros do meio ambiente vão debater Código Florestal
EX-MINISTROS DO MEIO AMBIENTE E DA AGRICULTURA ESTARÃO NO SENADO NESTA QUARTA E QUINTA-FEIRA PARA DISCUTIR O NOVO CÓDIGO FLORESTAL.
OS RELATORES DO PROJETO, SENADORES JORGE VIANA, DO PT DO ACRE, E LUIZ HENRIQUE, DO PMDB DE SANTA CATARINA, DEFENDEM UM EQUILÍBRIO ENTRE A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E A ATIVIDADE AGRÍCOLA. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
Nesta quarta-feira, as Comissões de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e Agricultura do Senado vão debater o novo Código Florestal, que define as regras para o uso do solo no País, com os ex-ministros do Meio Ambiente Marina Silva, Carlos Minc, Sarney Filho, Rubens Ricupero, José Goldemberg e José Carlos Carvalho. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente, disse que as audiências públicas são essenciais.
(JORGE VIANA) é um tema que envolve muitos interesses econômicos de toda a sorte, lida com propriedade privada e lida com o que nós ainda nem descobrimos plenamente, ou ainda não temos um consenso sobre isso, com o que o Brasil tem de mais rico que é a sua biodiversidade.
(RÉPÓRTER): Na quinta-feira, as três comissões voltam a se reunir para ouvir os ex-ministros da Agricultura Reinhold Stephanes, Pratini de Moraes, Francisco Turra, Alysson Paulinelli, Arlindo Porto e José Eduardo Vieira. O relator do Código Florestal nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura, senador Luiz Henrique, do PMDB de Santa Cataria, disse que o desafio da nova lei é conciliar a preservação das florestas com a produção de alimentos no campo.
(LUIZ HENRIQUE) Que assegure o futuro dessa nação. Que proteja as nossas florestas, os nossos biomas e que garanta ao nosso país ser o grande protagonista da bulimia de alimentos que vai se tornando cada vez mais intensa, posto que as perspectivas são que no ano de 2050 a população mundial excederá de nove bilhões de habitantes.
(REPÓRTER) O novo Código Florestal já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. O texto prevê, entre outros pontos, a redução da faixa mínima de mata a ser preservada na beira de rios, de 30 para 15 metros, e a anistia a pequenos agricultores que desmataram a área de reserva legal até julho de 2008.