Comissão debate participação do Brasil na OMC e a rodada de Doha — Rádio Senado

Comissão debate participação do Brasil na OMC e a rodada de Doha

LOC: AS NEGOCIAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS, A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO E A RODADA DE DOHA FORAM DEBATIDAS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO. LOC: ESSE FOI O TERCEIRO SEMINÁRIO NO CICLO DE AUDIÊNCIAS SOBRE OS RUMOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA. O REPÓRTER ROGÉRIO DY LA FUENTE ACOMPANHOU A AUDIÊNCIA E TEM MAIS INFORMAÇÕES. A Rodada de Doha é uma negociação para derrubar barreiras comerciais entre os países e foi lançada em 2001, num encontro da Organização Mundial do Comércio no Qatar. O Brasil foi um dos 142 países que concordaram em negociar para reduzir tarifas e subsídios e incentivar o comércio internacional, mas, até agora, o acordo não saiu do papel. A intenção da Rodada de Doha é tornar as regras de comércio mais livres para os países em desenvolvimento, mas esbarra em medidas protecionistas. O professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e ex-ministro Celso Lafer comentou por exemplo as exigências norte-americanas nas negociações com o Brasil. (0822CLafer_CRE ¿ 18¿) ¿O Brasil não tem hoje condições de fazer concessões adicionais em matéria de produtos industriais como pleiteiam os Estados Unidos. Por conta do impacto do câmbio na competitividade da indústria brasileira e pela redução da participação da indústria no PIB.¿ (Repórter) Outro ex-ministro, o Presidente do Comitê de Estratégia Empresarial Marcus Vinicius Pratini de Moraes, apresentou a visão de que o país não deve ceder e desistir de um grande acerto multilateral. (0822Pratini_CRE ¿ 18¿¿) ¿Há um grupo grande de economistas, de negociadores, que procuram colocar a prioridade nas negociações bilaterais. Eu creio que a coisa não é tão simples assim. Eu acho, também, que nós não prosseguimos na rodada de Doha porque não se sabe no quê que isto vai dar.¿ (Repórter) O senador Luiz Henrique, do PMDB de Santa Catarina, aproveitou o debate para propor a criação de um organismo exclusivo no governo para a promoção comercial brasileira no exterior. (0822LHenrique_CRE ¿ 21¿) ¿O ministro Pratini de Moraes salientou a necessidade de o Brasil fazer valer-se pelo marketing, pelo design, pela agregação de valor nos seus produtos e nós poderíamos, em tendo um órgão específico para fazê-lo, alargar a nossa presença a nível internacional.¿ (Repórter) Também participaram do debate o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, o senador Eduardo Suplicy do PT de São Paulo e o presidente do Instituto de Analistas Brasileiros de Comércio Internacional, Aluísio de Lima Campos, além da professora da Fundação Getúlio Vargas, Vera Thorstensen.
22/08/2011, 09h22 - ATUALIZADO EM 22/08/2011, 09h22
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