Collor considera correta posição do Brasil em relação ao conflito
LOC: AS FORÇAS REBELDES JÁ CONTROLAM A MAIOR PARTE DA CAPITAL DA LÍBIA, TRÍPOLI, ONDE CONTINUAM OS COMBATES. AINDA É DESCONHECIDO O PARADEIRO DO CORONEL MUAMAR KADAFI, EMBORA TRÊS DOS SEUS FILHOS TENHAM SIDO CAPTURADOS.
LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES do senado, FERNANDO COLLOR, MOSTRA PREOCUPAÇÃO PELO FUTURO DO PAÍS, QUE TEM UMA ESTRUTURA TRIBAL, E CONSIDERA CORRETA A ATITUDE ADOTADA PELO GOVERNO BRASILEIRO EM RELAÇÃO AO CONFLITO. REPÓRTER IVAN GODOY:
TÉC: A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado vem acompanhando o conflito líbio, e em geral a situação no Norte da África e no Oriente Médio, por meio de audiências públicas. No semestre passado, os senadores ouviram diplomatas e especialistas no assunto. Para o presidente da comissão, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, há dúvidas sobre as reais motivações dos países europeus e dos próprios Estados Unidos para interferir no conflito. Collor (42) Achamos que essa ação militar contra a Líbia por parte da Europa mediterrânea com o apoio dos Estados Unidos careceu de uma razão maior que a justificasse, ou seja, houve a invasão mas todo o mundo se esquece de perguntar por quê? O que aconteceu? O que fez a Líbia agora, recentemente, comparado com o que fez há quarenta anos atrás e as forças da OTAN e do Ocidente não tomaram nenhuma atitude? Rep: O Brasil e outros quatro países se abstiveram na votação no Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu a zona de exclusão aérea sobre o território líbio. A posição foi considerada correta por Fernando Collor. (Collor) O governo brasileiro no conselho de segurança adotou uma posição correta de não somente apoiar a no fly zone mas também tentar evitar que forças terrestres, assistência militar, desses países ocidentais fosse acionadas para a questão da Líbia. Rep. O senador está preocupado com a possibilidade que a Líbia se mantenha em situação de conflito, mesmo com a derrubada de Kadafi. Collor (16) Será um novo Afeganistão? Será um novo Vietnã, em menor escala, que começou exatamente assim, que houve um intervenção e depois foi aprovada a ida dos militares e então a guerra tomou corpo e resultou no desastre que todos nós acompanhamos... Rep. O presidente da Comissão de Relações Exteriores destacou ainda que a grande pergunta é se a Líbia passará por um processo de transição semelhante ao do Egito, onde foram convocadas eleições democráticas, ou terá uma situação diferente, devido a sua estrutura tribal. (Collor) Porque na Líbia existem cerca de 400 tribos, porque a população é majoritariamente formada por nômades, por beduínos, ele próprio Kadafi é um beduíno. Então esses líderes, dessas quatrocentas tribos, eles tinham no Kadafi um fator gregário, de aglutinação. Desaparecendo o Kadari, como é que vão se sentar, numa mesa, as potências ocidentais que comandaram esse processo e os 400 líderes tribais para dentre eles pinçar um que esteja de acordo com a cultura do ocidente? Rep: De acordo com o senador Fernando Collor, a Comissão de Relações Exteriores continuará acompanhando com atenção a situação neste país do Norte da África.
LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES do senado, FERNANDO COLLOR, MOSTRA PREOCUPAÇÃO PELO FUTURO DO PAÍS, QUE TEM UMA ESTRUTURA TRIBAL, E CONSIDERA CORRETA A ATITUDE ADOTADA PELO GOVERNO BRASILEIRO EM RELAÇÃO AO CONFLITO. REPÓRTER IVAN GODOY:
TÉC: A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado vem acompanhando o conflito líbio, e em geral a situação no Norte da África e no Oriente Médio, por meio de audiências públicas. No semestre passado, os senadores ouviram diplomatas e especialistas no assunto. Para o presidente da comissão, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, há dúvidas sobre as reais motivações dos países europeus e dos próprios Estados Unidos para interferir no conflito. Collor (42) Achamos que essa ação militar contra a Líbia por parte da Europa mediterrânea com o apoio dos Estados Unidos careceu de uma razão maior que a justificasse, ou seja, houve a invasão mas todo o mundo se esquece de perguntar por quê? O que aconteceu? O que fez a Líbia agora, recentemente, comparado com o que fez há quarenta anos atrás e as forças da OTAN e do Ocidente não tomaram nenhuma atitude? Rep: O Brasil e outros quatro países se abstiveram na votação no Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu a zona de exclusão aérea sobre o território líbio. A posição foi considerada correta por Fernando Collor. (Collor) O governo brasileiro no conselho de segurança adotou uma posição correta de não somente apoiar a no fly zone mas também tentar evitar que forças terrestres, assistência militar, desses países ocidentais fosse acionadas para a questão da Líbia. Rep. O senador está preocupado com a possibilidade que a Líbia se mantenha em situação de conflito, mesmo com a derrubada de Kadafi. Collor (16) Será um novo Afeganistão? Será um novo Vietnã, em menor escala, que começou exatamente assim, que houve um intervenção e depois foi aprovada a ida dos militares e então a guerra tomou corpo e resultou no desastre que todos nós acompanhamos... Rep. O presidente da Comissão de Relações Exteriores destacou ainda que a grande pergunta é se a Líbia passará por um processo de transição semelhante ao do Egito, onde foram convocadas eleições democráticas, ou terá uma situação diferente, devido a sua estrutura tribal. (Collor) Porque na Líbia existem cerca de 400 tribos, porque a população é majoritariamente formada por nômades, por beduínos, ele próprio Kadafi é um beduíno. Então esses líderes, dessas quatrocentas tribos, eles tinham no Kadafi um fator gregário, de aglutinação. Desaparecendo o Kadari, como é que vão se sentar, numa mesa, as potências ocidentais que comandaram esse processo e os 400 líderes tribais para dentre eles pinçar um que esteja de acordo com a cultura do ocidente? Rep: De acordo com o senador Fernando Collor, a Comissão de Relações Exteriores continuará acompanhando com atenção a situação neste país do Norte da África.
