Cristovam quer que banco invista mais em inovação tecnológica
LOC: O BNDES PODE MUDAR DE NOME E PASSAR A SE CHAMAR BANDESI, BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SOCIAL E DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.
LOC: A PROPOSTA É DO SENADOR CRISTOVAM BUARQUE, DO PDT DO DISTRITO FEDERAL. ELE ESTÁ PREOCUPADO COM O BAIXO INVESTIMENTO NA CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS E ENXERGA AÍ O MAIOR RISCO À ECONOMIA DO PAÍS. REPÓRTER NILO BAIRROS:
Rep: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, vai completar 60 anos em 2012. É o maior financiador de projetos e investimentos no Brasil e nos últimos anos vem aumentando sua participação em projetos de desenvolvimento socioambiental e de inovação tecnológica. Ainda assim, o banco investe mais nas grandes do que nas pequenas empresas. No ano passado, pouco mais de um quarto das 152 empresas com participação societária do BNDES eram pequenas ou médias. O senador Cristovam Buarque defende a inversão desse quadro e prega atenção especial à inovação tecnológica. Para isso, o senador pedetista sugere até a troca do nome do BNDES, acrescentando o I de inovação. Para Cristovam Buarque, o Brasil precisa criar mais: Cristovam Buarque - Nós trabalhamos com invenções dos outros. O melhor exemplo são os automóveis. O Brasil deve ser o terceiro maior fabricante de automóveis, mas não tem um com nome brasileiro, porque são todas indústrias de fora. Aqui chegam os coreanos, que há 30 anos estavam mais atrasados que nós, os carros se chamam com nomes coreanos. Estamos importando da Coreia os equipamentos de alta tecnologia. Rep: O investimento federal em inovação vem crescendo ano a ano, inclusive com o apoio do BNDES. Exemplo disso é a FINEP, Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2011, a FINEP teve o orçamento ampliado de quatro para seis bilhões de reais, graças a acordo com o próprio BNDES. Os recursos devem ser aplicados em projetos de ciência, tecnologia e inovação de companhias brasileiras. Para Cristovam Buarque, o orçamento maior é uma boa notícia, mas pondera que esses órgãos devem apostar mais em trabalhos que juntem empresa e universidade. Na opinião do senador, há uma distância muito grande entre as duas e isso prejudica a pesquisa e compromete a inovação tecnológica da indústria nacional.