Para Vanessa, maternidade contribui para mulheres ganharem menos — Rádio Senado

Para Vanessa, maternidade contribui para mulheres ganharem menos

LOC: LEVANTAMENTO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO REVELA QUE MULHERES CONTINUAM RECEBENDO MENOS QUE OS HOMENS.
 
LOC: SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN AVALIA QUE AS TRABALHADORAS SÃO PENALIZADAS DEVIDO À MATERNIDADE. PARA O MINISTRO CARLOS LUPI, A DIFERENÇA AINDA É DISCRIMINAÇÃO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
 
O próprio Ministério do Trabalho sabe que os homens ainda ganham mais do que as mulheres para desempenhar as mesmas funções. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, mostra que as trabalhadoras recebem em média 86% do vencimento dos trabalhadores. Rondônia apresentou a maior diferença: 21%. Enquanto o salário médio deles no estado é de R$ 901,91, o delas é de R$ 710,29, uma diferença de R$ 191,62. A Paraíba é a unidade da Federação que apresentou a menor variação, no caso de 2,84%, ou de R$ 19,64. A senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas lembrou que a Lei Trabalhista proíbe qualquer tipo de discriminação por gênero. Mas ela chamou a atenção para o fato de os homens serem mais indicados para cargos de chefia do que as mulheres. A senadora ponderou que a questão da maternidade acaba sendo um critério usado pelas empresas na definição dos salários. Vanessa Grazziotion lembra que além da licença de 4 meses, as mulheres ainda podem se ausentar do trabalho por problemas de saúde dos filhos. A senadora descarta a aprovação de uma lei para resolver o problema da diferença salarial entre homens e mulheres. (Grazziotin) Não é tanto nosso problema a questão legal. Aí mesmo no mercado de trabalho, percebemos que a lei protege muito as mulheres, como protege os negros e as minorias. Entretanto, temos uma questão cultural e econômica. A mulher é penalizada no mercado do trabalho por gestar uma criança e por ser a responsável com o cuidado e amamentação. Por isso, ela é penalizada. REP: Para a senadora, as empresas que se valem da prática discriminatória por conta da maternidade das trabalhadoras devem ser denunciadas. (Grazziotin) Essas diferenças que ocorrem sem nenhuma razão porque não há diferença de função, isso é um crime. Mas um crime difícil de ser detectado e debatido. Mas nós com o Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, as organizações, os sindicatos, precisamos trabalhar com mais seriedade e enfrentar melhor esse problema no sentido de que empresas sejam punidas efetivamente. REP: Ainda segundo o Ministério do Trabalho, as mulheres do Piauí recebem os menores salários do país, em média R$ 654 contra R$693 dos homens. As mais bem pagas são as trabalhadoras de São Paulo com um vencimento mensal de R$ 927 contra R$ 1.100 dos trabalhadores.
20/07/2011, 01h41 - ATUALIZADO EM 20/07/2011, 01h41
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