Comunidade científica deve contribuir para elaboração do novo código

LOC: A COMUNIDADE CIENTÍFICA DEVE CONTRIBUIR PARA A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA QUE ATUALIZA O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO. É O QUE DEFENDEM ALGUNS SENADORES. LOC: OS PARLAMENTARES ARGUMENTAM QUE COM A PARTICIPAÇÃO DOS CIENTISTAS, O DEBATE SE TORNA MAIS TÉCNICO QUE POLÍTICO. OUÇA OS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. No início de julho, a comunidade científica esteve no Senado para debater a reformulação do Código Florestal. Vários especialistas deixaram claro que a proposta aprovada na Câmara dos Deputados precisa ser ajustada. Um grupo de trabalho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e da Academia Brasileira de Ciência entregou aos senadores um estudo onde alerta que o texto aprovado pelos deputados pode incentivar o desmatamento em áreas que deveriam ser preservadas. Ainda na opinião dos cientistas, o tema é complexo e o Senado precisaria de pelo menos seis meses para ter condições de votar o Código Florestal. Para o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, a posição dos cientistas é importante, pois enriquece o texto do novo Código Florestal. (EDUARDO) Para que a gente possa olha para o futuro e evitar que novos erros se repitam. A ciência e tecnologia é fundamental para que possamos definir, por exemplo, sem passionalidade ou sem radicalismo, a questão do tamanho das áreas de proteção permanente, de áreas ripárias, nas beiras dos rios. O senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, também defende a participação dos cientistas no debate. Segundo ele, a opinião técnica equilibra o debate. (FERRAÇO) A busca desse equilíbrio deve ter por base um debate técnico, um debate científico. É a ciência que vai nos dar base para que o novo modelo do Código Florestal seja economicamente viável, ecologicamente adequado e socialmente justo, levando o Brasil a uma economia verde e ao mesmo tempo rentável e sustentável. (PAULA) A proposta que atualiza o Código Florestal Brasileiro está em debate na comissão de Meio Ambiente, sob a relatoria do senador Jorge Viana, do PT do Acre. Após a votação na Comissão de Meio Ambiente, a proposta segue para a Comissão de Constituição e Justiça.