Brasil poderá perder florestas se for mantido texto da Câmara, diz IPEA
LOC: O BRASIL PODERÁ PERDER 29 MILHÕES DE HECTARES DE FLORESTAS SE O CÓDIGO FLORESTAL FOR APROVADO DO JEITO QUE VEIO DA CÂMARA.
LOC: FOI O QUE ALERTOU O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA. MAS OS DADOS FORAM CONTESTADOS NA REUNIÃO. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: A anistia aos pequenos agricultores que desmataram a reserva legal até julho de 2008 pode deixar o Brasil sem 29 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente ao estado do Rio Grande do Sul. É o que concluiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA, com base no projeto do Código Florestal que foi aprovado pela Câmara. O texto isenta os donos dessas propriedades de fazer a recuperação ambiental da área que deveria ser mantida como mata nativa. Em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, o presidente do IPEA, Marcio Pochmann, apontou dois problemas: o país está abrindo mão das áreas degradadas e corre o risco de assistir a novos desmatamentos. (POCHMANN) Em primeiro lugar em relação à anistia dos passivos das reservas legais existentes. E o segundo cenário seria justamente a possibilidade da indução de um desmatamento nessas mesmas áreas em função da anistia existente. (REPÓRTER) O senador Ivo Cassol, do PP do Rondônia, contestou os números apresentados. Segundo ele, dependendo da base de dados adotada ¿ do IBGE ou do Incra ¿ os agricultores podem ficar numa posição mais ou menos favorável. (CASSOL) Na verdade, o que temos é 329 milhões de hectares de terra. Então, portanto, quando coloca o número de 571 milhões, a impresa coloca como se o setor produtivo tivesse fazendo isso. É importante pegar os dados do IBGE, diferenciar isso, sob pena de nós continuarmos sendo considerados vilões. E você sabe, o Incra levanta tudo, de mamando a caducando. (REPÓRTER) O presidente do IPEA acredita que a adoção de outra base de dados não alteraria o resultado da pesquisa. Marcio Pochmann lembrou que o IPEA fez um convênio com o Senado para prestar assessoria técnica à Casa, e disse que o instituto está à disposição dos senadores no debate sobre o novo Código Florestal.
LOC: FOI O QUE ALERTOU O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA. MAS OS DADOS FORAM CONTESTADOS NA REUNIÃO. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: A anistia aos pequenos agricultores que desmataram a reserva legal até julho de 2008 pode deixar o Brasil sem 29 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente ao estado do Rio Grande do Sul. É o que concluiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA, com base no projeto do Código Florestal que foi aprovado pela Câmara. O texto isenta os donos dessas propriedades de fazer a recuperação ambiental da área que deveria ser mantida como mata nativa. Em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, o presidente do IPEA, Marcio Pochmann, apontou dois problemas: o país está abrindo mão das áreas degradadas e corre o risco de assistir a novos desmatamentos. (POCHMANN) Em primeiro lugar em relação à anistia dos passivos das reservas legais existentes. E o segundo cenário seria justamente a possibilidade da indução de um desmatamento nessas mesmas áreas em função da anistia existente. (REPÓRTER) O senador Ivo Cassol, do PP do Rondônia, contestou os números apresentados. Segundo ele, dependendo da base de dados adotada ¿ do IBGE ou do Incra ¿ os agricultores podem ficar numa posição mais ou menos favorável. (CASSOL) Na verdade, o que temos é 329 milhões de hectares de terra. Então, portanto, quando coloca o número de 571 milhões, a impresa coloca como se o setor produtivo tivesse fazendo isso. É importante pegar os dados do IBGE, diferenciar isso, sob pena de nós continuarmos sendo considerados vilões. E você sabe, o Incra levanta tudo, de mamando a caducando. (REPÓRTER) O presidente do IPEA acredita que a adoção de outra base de dados não alteraria o resultado da pesquisa. Marcio Pochmann lembrou que o IPEA fez um convênio com o Senado para prestar assessoria técnica à Casa, e disse que o instituto está à disposição dos senadores no debate sobre o novo Código Florestal.
