CDH homenageia poetas brasileiros em audiência pública — Rádio Senado

CDH homenageia poetas brasileiros em audiência pública

LOC: EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA POESIA, A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS FEZ UMA HOMENAGEM AOS POETAS BRASILEIROS, EM UMA AUDIÊNCIA NESTA QUINTA-FEIRA.

LOC: O ENCONTRO TEVE A PARTICIPAÇÃO DO POETA THIAGO DE MELLO. OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA.  

TÉC: A poesia tomou conta das falas de senadores e poetas durante a audiência pública da comissão de Direitos Humanos, que comemorou o dia da poesia. A data, celebrada oficialmente no dia 14 de março, foi comemorada com a presença especial do poeta Thiago de Mello, autor do famoso poema ¿Os Estatutos do homem¿, que fala de direitos e da liberdade como valores importantes para a humanidade. Para o presidente da comissão, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, o poeta Thiago de Mello representa os Direitos Humanos na poesia. O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, lembrou da importância da obra de Thiago de Mello durante o regime militar e o período da redemocratização. (RANDOLFE) A tua poesia foi totalmente presente nas nossas manifestações. Me permita dizer que eu violei o direito autoral várias vezes ao epigrafar manifestos nossos com textos da sua poesia. E creio que ao me denunciar não sou o único, porque o estatuto do homem, me permita poeta, passou a ser um patrimônio presenteado por você para a humanidade. (PAULA) Considerado um poeta universal para Carlos Heitor Cony e um andarilho da liberdade, por Paulo Freire, Thiago de Mello é natural de Barreirinha, no Amazonas e tem 85 anos. Ficou conhecido internacionalmente por ser um intelectual engajado na luta pelos Direitos Humanos. Durante a ditadura militar, renunciou ao cargo de diplomata no Chile, por não concordar com o governo vigente. Além do poema Os Estatutos do Homem, é autor de obras premiadas, como o livro ¿Poesia comprometida com a minha e tua vida¿. Durante a reunião, Thiago de Mello decidiu iniciar a sua fala com o poema ¿Volto armado de amor¿. (THIAGO) Venho armado de amor para trabalhar contando na construção do amanhã. Amor dá tudo o que tem. Reparto a minha esperança e planto a claridão de um verde novo que vem. (PAULA) Em seguida, o poeta afirmou que apesar de elogiáveis e importantes, as palavras que estão no poema e na Declaração dos Direitos Humanos não valem nada se não tiverem o poder da Lei. (THIAGO) É preciso que a declaração e esse pequeno estatuto seja um dia transformado com a carne, com o peso, com o aço da Lei. E está na mão de vocês. E está na mão do povo no dia que o povo brasileiro não vender mais voto. (PAULA) Sete poetas participaram da audiência, entre eles Alcinéa Cavalcante, Adison Amaral e Nilda Chalegre. O senador Paulo Paim afirmou que no próximo ano, a comemoração ao dia da poesia será no Plenário do Senado.
16/06/2011, 01h51 - ATUALIZADO EM 16/06/2011, 01h51
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