Sarney defende abertura de documentos sigilosos da história recente do país — Rádio Senado

Sarney defende abertura de documentos sigilosos da história recente do país

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO, JOSÉ SARNEY, DEFENDE A ABERTURA DE DOCUMENTOS SIGILOSOS DA HISTÓRIA RECENTE DO PAÍS. LOC: O LÍDER DO GOVERNO INFORMOU QUE PROJETO AINDA ESTÁ SENDO NEGOCIADO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. A presidente Dilma Rousseff teria defendido mudanças no projeto de lei que trata do acesso a informações de documentos oficiais. Pela proposta aprovada pela Câmara dos Deputados, o sigilo de informações classificadas como ultrassecretas do governo federal teria a duração de 50 anos, sem prorrogação. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Fernando Collor, do PTB de Alagoas, considera, como ex-presidente da República, temerário o acesso a todos os documentos. O presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, pondera que apenas uma parte deve ser liberada após cumprir o período do sigilo. Mas se disse favorável à liberação da documentação recente. (Sarney2) Tenho preocupação que hoje tenhamos a oportunidade de abrir questões históricas que devem ser encerradas para frente no interesse nacional. Quanto ao passado recente, acho que deve ser liberado mesmo. Quanto a mim, os meus documentos são públicos e estão na fundação JS, mais de 400 mil documentos para consulta pública. Posso dizer que sou um homem que nada tenho a esconder. REP: O líder do governo do Senado, Romero Jucá, do PMDB do Amapá, afirmou que o projeto só será votado quando houver consenso. (Jucá) O governo não tem posição ainda. Esta questão do sigilo dos documentos será discutida. Vamos conversar com o presidente Collor da Comissão de Relações Exteriores e devermos tomar uma posição para dar mais prazo para o debate e para analisar as emendas. Dentro de alguns dias, teremos um posicionamento que fará com que esse debate seja ampliado. REP: Pela lei atual, os documentos classificados como ultrassecretos têm sigilo de 30 anos com renovação por tempo indeterminado. O projeto em discussão no Senado limita o tempo a 50 anos, enquanto a proposta do governo é de um período de 25 anos, com inúmeras renovações.
13/06/2011, 02h29 - ATUALIZADO EM 13/06/2011, 02h29
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