Comissão recebe ministro Haddad e debate escolha dos livros didáticos — Rádio Senado

Comissão recebe ministro Haddad e debate escolha dos livros didáticos

LOC: A ESCOLHA DOS LIVROS DIDÁTICOS FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: O MINISTRO DA EDUCAÇÃO FALOU SOBRE A POLÊMICA ENVOLVENDO LIVROS DE LíNGUA PORTUGUESA E HISTÓRIA. A REPORTAGEM É DE ANA BEATRIZ SANTOS. Durante a audiência pública, Fernando Haddad deu detalhes do programa de aquisição dos livros didáticos aos senadores da Comissão de Educação. As obras são avaliadas por 192 comitês de especialistas ligados a universidades federais. A análise é feita de forma anônima, ou seja, os avaliadores não conhecem o autor e nem a editora que vai lançar a obra. Só depois da avaliação o livro é incluído no catálogo que o MEC encaminha para que as escolas definam qual material será comprado para seus estudantes. O ministro frisou que o professor é quem define como o material será utilizado. (Fernando Haddad) O livro chega com uma orientação e o professor dá uma orientação completamente diferente, você não controla o processo em sala de aula, mesmo que eu queira dizer que A é melhor que B, ou B é melhor que A, a autoridade em sala de aula é o professor.(Ana) O processo de escolha dos livros é definido por um decreto, que entrou em vigor no ano passado. Fernando Haddad lembrou que o texto ficou disponível para consulta pública por dois anos, mas acredita que os critérios podem ser aperfeiçoados por meio de uma lei específica. A senadora Kátia Abreu, do Democratas de Tocantins, criticou o anonimato da avaliação dos livros. (Kátia Abreu) quem é que não sabe, o livro é meu, o livro é seu, o livro do fulano? Isso não existe, portanto esse anonimato é prejudicial ao ministério, ele não pode ocorrer.(Ana) Os senadores do PSDB criticaram a abordagem em quatro livros didáticos da disciplina de História sobre os governos Lula e Fernando Henrique. Na opinião deles, as obras destacam aspectos negativos do governo Fernando Henrique e aspectos positivos do governo lula. Sobre o livro usado para o ensino de língua portuguesa para a educação de jovens e adultos, Fernando Haddad considerou que as críticas feitas não levaram em conta o objetivo da autora de utilizar exemplos da fala popular para ensinar a norma culta da língua. Ele afirmou que diversas associações da área de lingüística e da educação defenderam a autora da obra. Questionado sobre o kit anti-homofobia, que seria distribuído nas escolas, Fernando Haddad explicou que o material estava em análise pelo MEC quando a frente parlamentar pela família pediu esclarecimentos sobre o tema, mas adiantou que o material não seria distribuído da forma como foi divulgado.
31/05/2011, 04h09 - ATUALIZADO EM 31/05/2011, 04h09
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