Especialista quer que CPI estimule pesquisas e políticas públicas

LOC: A CPI DO TRÁFICO DE PESSOAS FEZ UMA REUNIÃO ADMINISTRATIVA NESTA TERÇA-FEIRA EM QUE APROVOU SETE REQUERIMENTOS DE PEDIDOS DE INFORMAÇÃO. LOC: TAMBÉM FORAM OUVIDAS DUAS ESPECIALISTAS NO TEMA QUE VIERAM COLABORAR PARA QUE OS SENADORES CONCLUAM O PLANO DE TRABALHO DA CPI. O REPÓRTER ROGÉRIO DY LA FUENTE ACOMPANHOU A REUNIÃO E TEM MAIS INFORMAÇÕES. A Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o tráfico nacional e internacional de pessoas aprovou cinco requerimentos para reunir informações e dois convites para audiências públicas. Os pedidos de dados são para o Ministério Público estadual e também para o Federal nos diversos estados e no Distrito Federal, à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça e têm um objetivo claro, como explica a presidente da CPI, senadora Vanessa Graziotin, do PC do B do Amazonas. (0524Vanessa_TSH  12) Esses requerimentos todos são de extrema importância e relevância para a CPI, as suas informações. Porque podem nos ajudar a montar um quadro e nós vamos ver a partir daqui, um quadro mais real e mais atual do Brasil. (Rogério) Na reunião desta terça-feira a CPI também colheu sugestões para concluir seu plano de trabalho. Membro da Organização não governamental I-C-M-P-D, Fabiana Gorenstein propôs que a comissão determine um foco claro de atuação e fomente pesquisas permanentes para embasar as políticas públicas de enfrentamento do tráfico de pessoas. (0524Fabiane_TSH 14) Pesquisa deve ser uma coisa frequente, constante e ter base local. As rotas de tráfico, a forma de recrutamento, as suas conexões com contrabando de migrantes, com migração indocumentada, elas são muito variáveis, elas são muito fluidas e isso altera.¿ (Rogério) Já a professora Márcia Anita Sprandel recomendou a separação clara entre migração espontânea e tráfico de pessoas para exploração de mão-de-obra. (0524Márcia_TSH 14) Tráfico de pessoas é um crime, mas migrar é um direito! O tráfico de pessoas é a antítese do trabalho em liberdade. Porque ela nega às pessoas a oportunidade de utilizarem e aprimorarem suas habilidades, como também de contribuírem para o desenvolvimento econômico e social dos países. (Rogério) As duas palestrantes também recomendaram que sejam ouvidos representantes de vítimas das situações de tráfico de pessoas. Para a relatora da CPI, senadora Marinor Brito do P-Sol do Pará, as sugestões são oportunas e esclarecedoras. (0524Marinor_TSH) Fica bem claro que a situação de vulnerabilidade social é a principal porta de entrada, digamos assim, pras redes de traficantes. Seja no tráfico interno, seja no tráfico externo, seja no tráfico transnacional, seja na relação das regiões com a fronteira etc. (Rogério) Na próxima semana a CPI do tráfico de pessoas pretende ouvir representantes da Polícia Federal, das Nações Unidas e da O-N-G Safernet.