Comissão debate com especialistas situação no Egito e na Líbia

LOC: COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO DEBATE COM ESPECIALISTAS SITUAÇÃO NO EGITO E NA LÍBIA. LOC: AUDIÊNCIA PÚBLICA ABRE SÉRIE DE 25 ENCONTROS QUE VÃO ABORDAR O CENÁRIO ESTRATÉGICO NO MUNDO E SUAS PERSPECTIVAS. O debate girou principalmente em torno do Egito e da Líbia, dois dos países que desde o início do ano vem sendo palco de movimento popular que luta por democracia e melhores condições de vida na região. Mas, como ressaltaram os debatedores, são duas realidades bem diferentes. No Egito, tradicional interlocutor dos países ocidentais, o presidente Hosni Mubarak foi deposto com a ajuda do Exército e uma junta governa o país até que haja eleições, previstas para setembro. No caso da Líbia, um país formado por várias tribos, o ditador Muamar Kadaffi mantém o país sob controle há mais de quatro décadas e só agora, depois da intervenção militar do Ocidente, começa a dar sinais de uma abertura. As diferenças são menores quando o assunto é desigualdade. No Egito, cerca de 16 milhões de pessoas, uma em cada cinco habitantes, vivem abaixo da linha da pobreza. Na Líbia, que é ainda mais pobre e que depende em cerca de 95% do petróleo para manter a economia girando, a produção caiu pela metade desde o início da revolta. Mesmo com esse cenário, houve otimismo entre os debatedores. Eles acreditam que a própria sociedade civil será capaz de reorganizar as duas nações. A opinião dos especialistas impressionou a senadora Ana Amélia Lemos, do PP gaúcho: Ana Amélia ¿ A líbia tem 18 por cento da produção mundial de petróleo, mas tem um peso importante, e cada um desses países tem uma composição social diferente e também histórica, então, exatamente nessa medida eu fiquei feliz de ver que eles, como especialistas, acreditam que a sociedade civil organizada, poderá responder positivamente para a estabilidade política dessa região. Rep: o debate dessa segunda-feira contou com a presença do Embaixador Luis Felipe Lampreia, e dos professores Mohamed Habib, da Unicamp, Samuel Feldberg, das Faculdades Integradas Rio Branco, e Pio Penna Filho, da UnB. Os próximos 24 debates da Comissão de Relações Exteriores estão divididos em cinco ciclos, incluindo geopolítica e relações internacionais; economia e finanças; defesa nacional; temas da agenda internacional; e, por último, o papel das instituições.