Audiência pública debate programa nuclear brasileiro — Rádio Senado

Audiência pública debate programa nuclear brasileiro

LOC: O PROGRAMA BRASILEIRO DE ENERGIA NUCLEAR PRECISA SER REVISTO, TANTO NA QUESTÃO DE SEGURANÇA DAS ATUAIS USINAS E REATORES, QUANTO NO PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTOS FUTUROS. LOC: ESSA FOI UMA DAS PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES FEITAS POR ESPECIALISTAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO EM UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA CONJUNTA DE TRÊS COMISSÕES PERMANENTES DO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA. As comissões de Infraestrutura, Ciência e Tecnologia e de Meio Ambiente do Senado Federal discutiram na tarde desta quarta-feira o programa nuclear brasileiro. Os professores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da U-F-R-J, Luís Pinguelli Rosa e Aquilino Martinez, avaliaram as usinas geradoras de energia brasileiras e os planos futuros do governo. Para o vice-diretor da Coppe, professor Aquilino Martinez, diante da discussão mundial sobre segurança da energia nuclear, o Brasil precisa avaliar com calma o seu programa. (0323Aquilino ¿ 22¿) ¿Eu acho que esses quatro reatores adicionais, não tem sentido fazê-los agora, iniciá-los agora. Porque se houve uma acidente dessa proporção no Japão isso vai influenciar na tecnologia. Já há tecnologias de quarta geração a caminho, certamente espero que sejam mais seguras, então o Brasil poderá ter uma decisão melhor um pouco adiante.¿ (Rogério) Aquilino Martinez prevê que é possível esperar uma década para decidir o investimento em novas usinas de energia nuclear no país. Já o presidente da Coppe, Luís Pinguelli Rosa, alerta para que não se repitam os erros ocorridos no Japão e que provocaram o vazamento de material radioativo. E que seja copiado o acerto na ampliação da zona de segurança. (0323Pinguelli ¿ 24¿) ¿Seria a primeira coisa: primeiro proteger os geradores de emergência, garantir a sua redundância, evitar a falha comum. Segundo: cuidar muito do plano de emergência externo. É a Defesa Civil, nos três níveis ¿ municipal, estadual, federal ¿ os bombeiros lá estão bem treinados pra isso, existem exercícios, mas o raio de exclusão é muito pequeno.¿ (Rogério) O atual raio de segurança adotado em caso de acidente nas Usinas Nucleares de Angra I e II é de cinco quilômetros e os especialistas defendem a ampliação para pelo menos 20 quilômetros. A presidente da Comissão de serviços de Infraestrura, senadora Lúcia Vânia do PSDB de Goiás, assegurou que na próxima semana essa discussão vai prosseguir. (0323LVânia - 23¿) ¿Quase todo o debate girou em torno da segurança, que há uma insegurança em relação ao projeto do governo nessa área. E agora nós vamos prosseguir o debate focando principalmente o que está sendo feito pelo Seprom, que é o órgão coordenador das diversas áreas que envolvem segurança que estão sediadas em outros ministérios.¿ (Rogério) Na semana que vem uma comissão de senadores vai visitar as instalações das Usinas de Angra I e Angra II no Rio de Janeiro e verificar as questões de segurança.
23/03/2011, 08h07 - ATUALIZADO EM 23/03/2011, 08h07
Duração de áudio: 02:28
Ao vivo
00:0000:00