Lídice: Anistia Cultural destaca papel da mulher na redemocratização — Rádio Senado

Lídice: Anistia Cultural destaca papel da mulher na redemocratização

LOC: MULHERES QUE FORAM PERSEGUIDAS POLITICAMENTE DURANTE A DITADURA FORAM HOMENAGEADAS NESTA TERÇA-FEIRA EM ATO DE RECONHECIMENTO PÚBLICO. 

LOC: A DÉCIMA TERCEIRA ANISTIA CULTURAL FOI PROMOVIDA CONJUNTAMENTE PELA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES E PELA SECRETARIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS. 

LOC: PARA A SENADORA LÍDICE DA MATA, A HOMENAGEM VALORIZA A IMPORTANTE PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL. REPÓRTER NARA FERREIRA. 

TÉC: Durante a homenagem, que faz parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, foram entregues seis portarias de anistia para mulheres vítimas da ditadura militar. E foi feita uma sessão especial de julgamentos de pedidos de anistia política de quatro mulheres que enfrentaram o regime militar. Um painel de debates também abordou a importância da mulher na luta pelos direitos humanos e contra o regime de exceção. A homenagem contou com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, além das ministras da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Iriny Lopes. A senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, ressaltou que a homenagem resgata a importante participação das mulheres no processo de redemocratização do País. (LÍDICE DA MATA) Uma homenagem destacando o exemplo de bravura, de pratriotismo, amor aos interesses coletivos e amor ao interesse da liberdade do povo brasileiro. E essa homenagem serve para destacar o papel que a mulher teve nesse processo de luta pela liberdade nesse país, naquele período que sob a ditadura popular o povo brasileiro em condições muito adversas lutava para reconquistar seu direito democrático de organização sindical, de organização estudantil, de associação comunitária, enfim, a liberdade de expressão, de manifestação. (REP) Entre as mulheres homenageadas estavam Sônia Hipólito, ex-militante da União Nacional dos Estudantes presa pela primeira vez em 1968. Exilada em 1973, voltou ao Brasil em 1979. Já Denize Crispim, ex-militante da Vanguarda Popular Revolucionária, foi presa quando estava grávida de seis meses. Rose Nogueira, ex-militante da Ação Libertadora Nacional, era jornalista quando foi presa pelo ¿esquadrão da morte¿ do DOPS, em 1969, em São Paulo. E Maria Thereza Goulart é viúva do ex-presidente João Goulart, deposto em 1964. A primeira-dama exilou-se com a família no Uruguai e só voltou a viver no Brasil em 1980.
15/03/2011, 01h39 - ATUALIZADO EM 15/03/2011, 01h39
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