Senado aprova criação de comissão para acompanhar situação de refugiados — Rádio Senado

Senado aprova criação de comissão para acompanhar situação de refugiados

LOC: O SENADO APROVOU A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO TEMPORÁRIA PARA ACOMPANHAR A SITUAÇÃO DE CENTENAS DE HAITIANOS QUE ESTÃO REFUGIADOS NO NORTE DO BRASIL. LOC: O HAITI, PAÍS MAIS POBRE DO OCIDENTE, FOI ARRASADO POR TERREMOTOS E PELO CÓLERA. LOC: ENTENDA COMO O SENADO PODE TRATAR DO ASSUNTO. O requerimento aprovado em plenário autoriza a criação de uma comissão de cinco senadores, que devem viajar nos próximos dias à cidade de Brasiléia, no Acre. Segundo o petista Jorge Viana, autor do requerimento junto com o colega acreano Aníbal Diniz, já são 170 haitianos só nesse município. Eles viajaram cerca de 3 mil quilômetros para fugir da miséria e da doença que tomaram conta de seu país de origem. Mas, para chegar ao Brasil, provavelmente contaram com a ajuda de coiotes, os criminosos que cobram para fazer a travessia na fronteira. Jorge Viana explica que a tarefa do Senado é buscar a mediação, ajudando os haitianos e acompanhando a investigação sobre o crime de tráfico humano. Jorge Viana - Um número de cinco senadores possam ir imediatamente ao acre, fazer um relatório, visitar a situação em Brasiléia, trazer uma posição para o senado, para que no menor espaço de tempo possível o Brasil adote uma medida e eu não tenho dúvida de que o Senado é a instituição ideal para mediar essa situação. Rep: O senso de solidariedade foi ressaltado também pelo senador Eduardo Suplicy, que apoiou o requerimento: Suplicy seja o governo federal, estadual, municipais, possam estar acolhendo, com espírito de solidariedade, os haitianos que estão chegando ao Brasil, então o propósito dos senadores Aníbal e Jorge Viana, é de justamente poder ver como nós brasileiros possamos acolher os haitianos que, por alguma dificuldade, resolveram sair de sua terra natal, meus cumprimentos e solidariedade à iniciativa. Rep: O Haiti tem cerca de 30 mil doentes de cólera, resultado da miséria que tomou conta do país depois do terremoto que matou mais de 250 mil pessoas e deixou cerca de um milhão e meio de haitianos desabrigados. A maior parte da ajuda vem da organização Médicos Sem Fronteiras e do governo cubano, que mantém nada menos que 1.200 médicos no Haiti. O desemprego no país é de 60 por cento. E a segurança é garantida pela atuação das forças armadas brasileiras, que chefiam a missão de paz da ONU no Haiti.
03/03/2011, 06h57 - ATUALIZADO EM 03/03/2011, 06h57
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