Aumenta número de parlamentares negros no Congresso — Rádio Senado

Aumenta número de parlamentares negros no Congresso

LOC: AUMENTOU A PRESENÇA DE PARLAMENTARES NEGROS NO CONGRESSO NACIONAL. É O QUE MOSTRA ESTUDO FEITO PELA UNIÃO DE NEGROS PELA IGUALDADE, EM PARCERIA COM A UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. LOC: O NÚMERO DE DEPUTADOS QUE SE AUTODECLARAM NEGROS SUBIU DE 25 NO COMEÇO DE 2007, PARA 43 NA ATUAL LEGISLATURA. ISSO CORRESPONDE A OITO E MEIO POR CENTO DA CÂMARA FEDERAL. JÁ NO SENADO, A BANCADA CONTINUA REDUZIDA A APENAS DOIS SENADORES. Na avaliação das lideranças negras, mesmo com o aumento do percentual de deputados negros, o Legislativo ainda reflete um país marcado pela exclusão racial. O levantamento foi feito com base em informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral. Os próprios parlamentares é que se auto-declararam negros. Segundo o coordenador da pesquisa, Alexandre Braga, os números revelam que os negros ainda estão fora do processo decisório da política no Brasil. Segundo dados do IBGE, 51,1% dos brasileiros se declaram pretos ou pardos. Mas menos da metade dos 27 estados tem representantes negros na Câmara Federal. Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro têm a maior bancada de afro-descendentes - sete parlamentares cada. Minas Gerais vem em seguida, com cinco nomes. Bahia, Rio e Minas são também os que mais elegeram deputados estaduais negros. No Senado, os dois parlamentares que se declararam negros foram Paulo Paim, do PT gaúcho, e Magno Malta, do PR do Espírito Santo. Paim foi autor do Estatuto da Igualdade Racial, projeto que virou lei no ano passado após dez anos de discussão no Congresso. Ele disse que a Abolição da Escravatura não trouxe políticas públicas para os negros, e que o estatuto foi um avanço para esta parcela da população. (PAIM) Entendo que esse estatuto é o reconhecimento do estado a um tema tão importante buscarmos a inclusão quantitativa e qualitativa de todo o nosso povo. Nós estamos buscando desafio maior que vaga na universidade ou no mercado de trabalho. Nós queremos mesmo, sim, o ingresso, mas acima de tudo uma mudança brusca de consciência. (REP) O estatuto criou o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, com medidas públicas para ajudar a resolver problemas que atingem principalmente a população negra. O texto fixa, por exemplo, penas de reclusão de até cinco anos para quem dificultar, por preconceito, a promoção funcional de pessoa negra. Mas alguns pontos polêmicos ficaram de fora do texto, como a criação de cotas raciais nas universidades, e nas coligações partidárias.
24/02/2011, 02h03 - ATUALIZADO EM 24/02/2011, 02h03
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