Sarney minimiza cortes anunciados pelo governo que atingiram emendas

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO MINIMIZOU OS CORTES ANUNCIADOS PELO GOVERNO QUE ATINGIRAM AS EMENDAS PARLAMENTARES. LOC: JOSÉ SARNEY PEDIU APENAS QUE A EQUIPE ECONÔMICA NÃO DEIXE SEM RECURSOS AS OBRAS JÁ EM ANDAMENTO NOS ESTADOS. Ao comentar os cortes de 50 bilhões de reais no Orçamento Geral da União, o presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, afirmou que a medida foi necessária para garantir a estabilidade econômica do País. No anúncio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que a redução das despesas do governo federal vai ajudar a manter a inflação sob controle. Mas o corte no Orçamento atingiu as destinações de recursos para obras nos estados, estipuladas por deputados e senadores. A estimativa é de que as chamadas emendas parlamentares terem perdido 18 bilhões de reais. José Sarney destacou, no entanto, que a tesourada da equipe econômica atingiu todas as estruturas da administração pública. (Sarney) Acho que o essencial é que mantenhamos a estabilidade econômica. Para isso, temos que controlar a receita e a despesa. Esse corte não atinge somente as emendas (parlamentares). Tudo para não aumentarmos os juros. (REP) José Sarney pediu aos parlamentares que não se posicionem contra os cortes no Orçamento por conta das emendas terem sido atingidas. Ele recomendou à equipe econômica, no entanto, que libere os recursos de obras já em andamento. (Sarney) Temos que contribuir. Mas muitas emendas são para obras em andamento e de interesse (da população). O governo deve estudar caso a caso. Os parlamentares não estão isentos de cortes. (REP) O presidente do Senado negou a hipótese de que os cortes seriam um alerta para o Congresso envolvendo a votação de um salário mínimo superior a 545 reais, e defendeu o valor definido pelo governo. Segundo ele, o mesmo critério usado neste ano pode elevar o piso salarial em mais de 10% no ano que vem.