Renan prega respeito a acordo e Alvaro Dias defende mínimo de R$ 600 — Rádio Senado

Renan prega respeito a acordo e Alvaro Dias defende mínimo de R$ 600

LOC: O LÍDER DO MAIOR PARTIDO DA BASE DE APOIO AO GOVERNO QUER RESPEITO AO ACORDO COM AS CENTRAIS SINDICAIS, QUE PREVÊ RECUPERAÇÃO DO PODER DE COMPRA DO SALÁRIO MÍNIMO ATÉ 2023. 

LOC: JÁ O LÍDER DA MAIOR BANCADA DE OPOSIÇÃO DEFENDE UM MÍNIMO DE 600 REAIS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.

TÉC: O então presidente Lula fez um acordo com as centrais sindicais em 2009 para assegurar uma política de recuperação do poder de compra do salário mínimo até o ano de 2023. As regras acertadas previam um reajuste em 2011 no valor da inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes. Como em 2009 o País não cresceu, Lula editou medida provisória no último dia de seu mandato reajustando o mínimo com uma estimativa de 6% de inflação: ou seja, 540 reais a partir de primeiro de janeiro deste ano. Mas as centrais reivindicam um aumento real imediato, até porque no ano passado a economia teve o maior crescimento em décadas. O líder do PSDB no Senado, Álvaro dias, diz que vai lutar por um salário mínimo de 600 reais. Isso seria possível, segundo o senador do Paraná, cortando gastos supérfluos do governo. Mas Álvaro dias sabe que a tarefa não será fácil para a oposição. (ÁLVARO): A população brasileira elegeu a maioria esmagadora do governo. Estamos impotentes numericamente. Fazemos o possível sem gerar falsa expectativa. Sem despertar esperança de que temos força para aprovar uma alteração na proposta do governo, mas que oferecemos a oportunidade a governistas se tornarem dissidentes para acompanhar os trabalhadores para que eles possam decidir entre o desejo do governo e o desejo dos trabalhadores. (REP): para este ano, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o máximo suportado seria 545 reais. O líder do PMDB, Renan Calheiros, senador por Alagoas, diz que o importante é ter regras estáveis que assegurem a recuperação do piso nacional a longo prazo. (RENAN): Podemos introduzir alguns elementos. O governo já desonerou alguns produtos da cesta básica dos impostos federais. Podemos fazer o mesmo com relação ao ICMS. Isso vai ajudar com relação a definição do preço da comida. Precisamos fortalecer a regra, defender o conceito dessa política de recuperação do poder de compra a partir da inflação, do crescimento da economia nos últimos dois anos, por que discutir a antecipação da vigência que estava prevista para 2023? (REP) A presidente Dilma Roussef, em discurso no Congresso Nacional, se comprometeu a enviar projeto para colocar em lei o acordo firmado entre Lula e as centrais sindicais. 
09/02/2011, 00h41 - ATUALIZADO EM 09/02/2011, 00h41
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