Oposição no Senado apoia redução de tarifas e sobretaxas de exportação

A DECISÃO DO GOVERNO BRASILEIRO DE ENFRENTAR NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO OS ESTADOS UNIDOS E UNIÃO EUROPÉIA TERÁ TODO APOIO DA OPOSIÇÃO NO SENADO. A GARANTIA FOI DADA PELO SENADOR ÁLVARO DIAS, DO PSDB DO PARANÁ, PARA QUEM É PRECISO ESTABELECER NORMAS PARA TORNAR AS DISPUTAS COMERCIAIS MENOS DESIGUAIS. O Brasil poderá enfrentar na OMC, Organização Mundial do Comércio, os Estados Unidos e a União Européia pelas barreiras impostas ao etanol e às carnes exportadas pelo Brasil. Essa possibilidade já vem sendo discutida com o setor privado. Há algum tempo autoridades e empresários brasileiros vêm apelando ao governo americano para que livre o etanol de tarifas e sobretaxas mas, por medo de desagradar os produtores de álcool à base de milho, a decisão vem sendo adiada. No mês passado a possibilidade de um acordo ficou ainda mais remota por conta de uma decisão do Senado daquele País que estabeleceu uma alíquota de 54 centavos de dólar até 2011 por galão de etanol importado. Já as importações da carne vêm sendo prejudicadas por conta de normas européias como a que exige a rastreabilidade do produto vendido pelos produtores brasileiros. Para o senador Álvaro Dias é preciso dar um basta à situação. Segundo ele, qualquer que seja a alternativa adotada pelo Brasil para enfrentar questões relativas aos interesses econômicos brasileiros terá todo o apoio da oposição no Congresso. (Álvaro Dias) Merece o apoio, uma vez que o Brasil tem sofrido conseqüências danosas em função da prevalência dos interesses dos países do primeiro Mundo que agem com muito egoísmo e não reconhecem que os países emergentes se constituem em mercados fantásticos, do qual não podem abrir mão é preciso realmente estabelecer uma nova relação entre países do primeiro mundo e países emergentes, estabelecer normas que permitam uma competição mais igual. A competição é desigual, os produtores brasileiros perdem muito nessa competição, entram em desvantagem, então tem que haver uma reação realmente e nesse ponto o governo brasileiro terá sempre o apoio da oposição. (Patrícia) Embora o Brasil ainda tente negociar com os Estados Unidos e a União Européia, técnicos da área diplomática e do comércio exterior não vêem outra alternativa que não seja recorrer à OMC.