Para Suplicy negociar com oposição é o caminho para se aprovar reformas — Rádio Senado

Para Suplicy negociar com oposição é o caminho para se aprovar reformas

LOC: MESMO COM MAIORIA NO SENADO, O CAMINHO PARA O GOVERNO APROVAR REFORMAS DEVE SER O DA NEGOCIAÇÃO COM A BANCADA OPOSICIONISTA. LOC: A OPINIÃO É DO SENADOR EDUARDO SUPLICY, DO PT DE SÃO PAULO. O governo de Dilma Roussef terá, em tese, uma vida mais fácil quando recomeçarem os trabalhos no Senado Federal. Diferentemente do governo Lula, que nunca teve maioria na Casa, Dilma contará com o apoio de cerca de 50 dos 81 senadores na nova Legislatura. Esses senadores integram a coligação de dez partidos que levou Dilma Roussef à vitória nas urnas. Com essa maioria, que se repete na Câmara dos Deputados, será possível aprovar até reformas constitucionais, que necessitam de três quintos dos votos em cada Casa, ou seja, 49 votos no Senado e 308 na Câmara. Mas para o senador Eduardo Suplicy, do PT paulista, o bom senso é que vai definir essas grandes votações e o caminho deverá ser,, sempre que possível, o da negociação: (Suplicy) - eu tenho a convicção de que a presidente Dilma Roussef terá atitude de muito respeito para com o Congresso Nacional, obviamente com a ciência da maioria de apoio ao governo. Mas para as grandes reformas, certamente será importante ouvir a opinião de todos os partidos para se conseguir chegar a um consenso. (Rep): A exemplo da maioria dos senadores, Eduardo Suplicy acredita que as duas reformas mais importantes a serem votadas pelo Congresso são as reformas política e tributária: (Suplicy) - a reforma tributária envolve maior racionalidade do sistema tributário brasileiro com vistas a uma sociedade mais justa, a reforma política, que envolve temas como o financiamento público de campanhas, em que medida teremos um sistema distrital misto ou não e será importante chegarmos a um consenso e avançarmos no aperfeiçoamento do sistema político brasileiro. (Rep): a nova composição do Senado, que retoma os trabalhos no dia primeiro de fevereiro, estará renovada em 45 por cento em relação à atual. O número é alto, considerando que estavam em jogo nas eleições de outubro apenas dois terços das cadeiras da casa. E, assim como acontece hoje, a maior bancada da próxima Legislatura será a do PMDB, com 19 senadores.
29/12/2010, 06h07 - ATUALIZADO EM 29/12/2010, 06h07
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