Senado homenageia centenário de nascimento da escritora

O SENADO HOMENAGEOU NESTA QUARTA-FEIRA O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DA ESCRITORA CEARENSE RACHEL DE QUEIROZ. A HOMENAGEM À ESCRITORA FOI PEDIDA PELO SENADOR INÁCIO ARRUDA, DO PC DO B DO CEARÁ. MAIS INFORMAÇÕES, COM A REPÓRTER LUCIOMAR RODRIGUES. Rachel de Queiroz, que morreu em 2003, foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 1977. A escritora se tornou nacionalmente conhecida com o livro "O Quinze", publicado em 1930. O romance conta a luta do nordestino contra a grande seca de 1915, vivida pela própria escritora em sua infância. A narrativa de "O Quinze" é tão marcante que, segundo o senador Inácio Arruda, o escritor Graciliano Ramos chegou a duvidar que o livro tivesse sido escrito por uma mulher; e muito menos por uma tão jovem. Na época, Rachel de Queiroz tinha apenas 20 anos. Inácio Arruda destacou que a escritora também participou ativamente da luta político-partidária, como militante do Partido Comunista. (INÁCIO) Nunca lhe abandonou a crítica e as injustiças e o sentimento social que a levou a escrever O Quinze. Nunca lhe abandonou a preocupação com a educação. Nunca lhe abandonou, sobretudo, o entendimento da democracia, da importância do voto e da liberdade de manifestação do pensamento. (REP) Também o presidente do Senado, o escritor José Sarney, elogiou a trajetória literária e a personalidade marcante de Rachel de Queiroz, de quem tornou-se amigo nos anos 50. (SARNEY) Foi um exemplo de resistência feminina, forte como o retrato de suas personagens, mas sem seus traços violentos, com uma inexcedível doçura humana. Ninguém como ela soube traçar os tipos sertanejos, o seu universo pessoal e transformá-los em figuras universais. (REP) Rachel de Queiroz também escreveu livros infantis e crônicas e traduziu para o português grandes obras, como "O morro dos ventos uivantes", e "Os irmãos Karamazov". Entre seus romances, também estão "As 3 Marias", "Dora Doralina" e "Memorial de Maria Moura".