Sarney defende autoconvocação para votar Orçamento ainda este ano — Rádio Senado

Sarney defende autoconvocação para votar Orçamento ainda este ano

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO E DO CONGRESSO, SENADOR JOSE SARNEY, DEFENDE A AUTOCONVOCAÇÃO DO CONGRESSO PARA VOTAR O PRIMEIRO ORÇAMENTO DO GOVERNO DE DILMA ROUSSEF, SE FOR NECESSÁRIO. LOC: SAIBA MAIS SOBRE ESTE ASSUNTO NESTA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. TÉC: A votação do Orçamento da União para 2011, o primeiro a ser administrado pela presidente eleita Dilma Roussef, está sendo encarada como a grande prioridade do governo de transição. Mas também é discutido como ¿Plano B¿, para evitar projetos que demandem uma explosão dos gastos públicos, adiar a votação do Orçamento para fevereiro, quando o novo Congresso já terá tomado posse. A hipótese não conta, no entanto, com a adesão do presidente do Congresso, senador Jose Sarney, do PMDB do Amapá, nem do líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima. Sarney afirma que, se for necessário, defenderá a auto-convocação do Congresso para votar o orçamento até o 31 de dezembro, caso a proposta orçamentária não seja aprovada até 22 de dezembro, dia previsto na Constituição para o término dos trabalhos. (JOSE SARNEY): Farei tudo para que nós aprovemos o Orçamento dentro do prazo. E se for necessário alguns dias mais, nós estenderemos estes dias. Inclusive com um governo de continuidade, eu acho que o prazo que eles tem para conferir as diversas despesas que devem constar do Orçamento, dá um prazo que a gente possa cumprir com nosso dever. Votando o Orçamento, porque a coisa mais importante que tem do Congresso é o Orçamento. Então se nós não votarmos o Orçamento, evidentemente não é uma boa coisa. (REP) O líder do governo, Romero Jucá, também é favorável à auto-convocação. Ele criticou o possível adiamento da votação para fevereiro. (ROMERO JUCA): É preciso que o novo Governo inicie seus trabalhos com o horizonte orçamentário aprovado. Não dá para vir um novo governo sem ter Orçamento. Que se aprove rapidamente o Orçamento. Esperar para 15 de fevereiro começar a discutir o Orçamento, nós só vamos ter Orçamento em março. Eu acho que é um desserviço à decisão majoritária da população de ter um novo Governo com todos os instrumentos prontos pra trabalhar. (REP) O principal argumento a favor de adiar a votação da proposta orçamentária é evitar a pressão de deputados que não foram reeleitos para conceder aumentos para diversas categorias do serviço público e também o aumento das Emendas parlamentares. Essas mudanças, somadas a outros gastos, podem provocar despesas, segundo cálculos do governo de transição, superiores a 100 bilhões de reais.
09/11/2010, 00h30 - ATUALIZADO EM 09/11/2010, 00h30
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