Congresso analisa projetos relacionados com alimentação saudável
Segundo o Ministério da Saúde, metade da população brasileira adulta está acima do peso. A Organização Mundial da Saúde já considera a obesidade uma epidemia mundial, com uma série de doenças crônicas associadas, como hipertensão e diabates, e sérias conseqüências para a saúde pública. E o problema atinge cada vez mais as crianças e os adolescentes. Para tentar reverter este quadro, o Congresso Nacional analisa dezenas de projetos para advertir sobre os riscos da obesidade e estimular a alimentação saudável, principalmente entre os jovens. Algumas propostas devem ser analisadas pelas Comissões de Assuntos Sociais e de Educação do Senado.
LOC: METADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ ACIMA DO PESO. É O QUE REVELA O MINISTÉRIO DA SAÚDE. E O PROBLEMA ATINGE CADA VEZ MAIS AS CRIANÇAS E JOVENS.
LOC: PARA TENTAR MINIMIZAR O QUE JÁ É CONSIDERADO UMA EPIDEMIA MUNDIAL, O CONGRESSO NACIONAL ANALISA DEZENAS DE PROJETOS RELACIONADOS COM A OBESIDADE E A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.
Segundo o Ministério da Saúde, metade da população brasileira adulta está acima do peso. A Organização Mundial da Saúde já considera a obesidade uma epidemia mundial, com uma série de doenças crônicas associadas, como hipertensão e diabates, e sérias conseqüências para a saúde pública. E o problema atinge cada vez mais as crianças e os adolescentes. Segundo a pesquisa nacional da saúde escolar de 2009, um em cada quatro estudantes do nono ano do ensino fundamental está com sobrepeso ou obeso. O estudo foi feito com quase 60 mil alunos de escolas públicas e particulares nas capitais brasileiras e revelou que apenas 3 por cento com peso abaixo do esperado. Para tentar reverter este quadro, o Congresso Nacional analisa dezenas de projetos para advertir sobre os riscos da obesidade e estimular a alimentação saudável, principalmente entre os jovens.
Na Câmara dos Deputados, os parlamentares analisam 15 projetos sobre o tema, entre eles, a proposta que obriga as creches e escolas do ensino fundamental a substituírem os alimentos gordurosos e sem valor nutritivo por lanches considerados saudáveis. Outra iniciativa determina a criação de uma política nacional de combate à obesidade infantil. O assunto também está na pauta do Senado. Um projeto do senador Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso, obriga os fabricantes de sucos e refrigerantes a incluírem nos rótulos dos produtos o teor calórico e frases de advertência quanto aos riscos da obesidade. Já uma proposta do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, proíbe que as cantinas escolares vendam produtos com alto teor de açúcar, sal e gordura. E quem desobedecer à regra pode perder o alvará de funcionamento.
Já o senador Sérgio Zambiasi, do PTB do Rio Grande do Sul, considera mais importante conscientizar que proibir. Ele apresentou um projeto que cria regras para a promoção da alimentação saudável em todas as escolas do País. Zambiasi lista uma série de medidas que podem ser adotadas: estímulo à produção de hortas escolares, aulas de educação alimentar, noções de higiene na manipulação de comida e acompanhamento por nutricionistas. Tudo, segundo o senador, para que crianças e adolescentes troquem doces, refrigerantes e salgadinhos por frutas, legumes e verduras.
(Zambiasi) "A escola tenha um programa de alimentação saudável, onde o professor, o aluno, o pai, o orientador e a direção da escola tenham uma responsabilidade recíproca. De maneira que se estimule o consumo de um alimento saudável não apenas dentro da escola, mas no cotidiano dessa criança que pode ser indutora de alimentação saudável junto à família".
(repórter) O projeto é inspirado em uma portaria editada em 2006 pelos ministérios da saúde e da educação que regulamenta a venda e a propaganda de alimentos nas escolas. A proposta deve ser analisada pelas Comissões de Assuntos Sociais e de Educação do Senado.
