Agente iraniano suspeito de terrorismo entrou no Brasil em 2009

0803celso agente iraniano LOC: UM AGENTE IRANIANO SUSPEITO DE TERRORISMO ENTROU NO BRASIL DURANTE A VISITA OFICIAL DO PRESIDENTE MAHMOUD AHMADINEJAD AO PAÍS, EM NOVEMBRO DE 2009. LOC: FOI O QUE CONFIRMOU O DIRETOR DA POLÍCIA FEDERAL, LUIZ FERNANDO CORRÊA, EM AUDIÊNCIA NO CONGRESSO NACIONAL NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI. Esmail Ghanni seria integrante da unidade especial do exército revolucionário do Irã, acusado de práticas terroristas internacionais. Ele desembarcou no país como membro da comitiva do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que visitou o Brasil em novembro do ano passado, e teria mantido contatos com autoridades do governo federal. O deputado Marcelo Itagiba, do PSDB do Rio de Janeiro, disse que consultou os ministros das Relações Exteriores e da Justiça sobre o fato, mas, segundo ele, enquanto o Itamaraty confirmou, a pasta da justiça negou que houvesse registro de entrada ou saída do iraniano no território nacional. Durante a audiência desta terça-feira, o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, confirmou o desembarque de Esmail Ghaani no Brasil, e justificou a negativa do ministro da Justiça, em razão da grafia incorreta do nome do iraniano no requerimento do parlamentar. (LUIZ FERNANDO CORREA) essa pessoa não constava dos impedidos de ingressar, na Interpol também não consta nenhuma restrição quanto a esse nome, estava sim o registro desde o dia, só que quando da consulta por solicitação do parlamentar a pesquisa foi feita de forma inadequada que não permitiu. (Celso) A justificativa, porém, não convenceu o deputado Marcelo Itagiba. (MARCELO ITAGIBA) um tema tão sensível como esse eu não tenho a menor dúvida de que ele não deixou de passar pela área de inteligência do departamento de polícia federal. Porque se trata de uma denúncia vinculando um indivíduo ligado a movimentos terroristas internacionais. O Itamaraty foi capaz de identificar nessa grafia o indivíduo. (Celso) Para o senador Eduardo Azeredo, do PSDB de minas gerais, que é presidente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, polêmicas como essa reforçam a importância do colegiado no Congresso. (EDUARDO AZEREDO) a nossa comissão é a comissão de acompanhamento das atividades de inteligência, ou seja, nós temos que realmente zelar para que possamos ter um sistema de informações, porque nós temos tido notícias muito variadas aí de vazamentos de informações, o país é um país onde as notícias de presença de estrangeiros ilegalmente é muito corriqueira. (Celso) além do diretor da Polícia Federal, participaram da audiência o diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Trezza, e o chefe do serviço consular do Itamaraty, embaixador Eduardo Gradilone .