Boletim.leg - Edição das 22h
Parlamentares questionam movimentações milionárias de Thaisa Hoffmann, ouvida nesta quinta-feira (23) na CPMI do INSS. Relator da isenção do imposto de renda quer iniciar votação já na próxima semana.

Transcrição
PARLAMENTARES DA CPMI QUESTIONAM MOVIMENTAÇÕES MILIONÁRIAS DE THAISA HOFFMANN, OUVIDA NESTA QUINTA-FEIRA
Ela possui três empresas que receberam recursos das associações ligadas aos descontos fraudulentos de aposentados e pensionistas.
RELATOR DA ISENÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA QUER INICIAR VOTAÇÃO JÁ NA PRÓXIMA SEMANA
... EU SOU REGINA PINHEIRO E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG
EM DEPOIMENTO À CPMI DO INSS, MÉDICA DECLARA QUE TODOS OS RECURSOS RECEBIDOS POR SUAS EMPRESAS SÃO JUSTIFICADOS EM SERVIÇOS E PESQUISAS MÉDICAS REALIZADAS.. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
Thaisa Hoffmann, médica e esposa do ex-procurador geral do INSS, Virgílio Antônio, respondeu a poucas perguntas no depoimento à CPMI do INSS.
Ela possui três empresas que receberam recursos das associações ligadas aos descontos fraudulentos de aposentados e pensionistas.
De acordo com o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, do União de Alagoas, Thaisa teria agido com o marido para o desvio dos recursos dos aposentados.
(Alfredo e Thaísa) - A senhora perdeu uma grande oportunidade de mostrar que não foi propina através do seu marido como procurador geral do INSS. Eu entrei pensando nisso e vou sair pensando nisso. (Thaísa) Deputado, eu prestei o meu trabalho. Eu tenho documentos comprovatórios de todo o material que foi enviado e foi prestado, do trabalho que foi prestado.
O senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, sugeriu uma delação premiada.
Já o senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, questionou as movimentações milionárias das empresas de Thaisa.
Os parlamentares também destacaram a intenção da médica de comprar um apartamento em Balneário Camboriú avaliado em 28 milhões de reais.
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS OUVIU NESTA QUINTA-FEIRA O SETOR PRODUTIVO SOBRE A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. O SENADOR RENAN CALHEIROS PRETENDE COLOCAR A PROPOSTA EM VOTAÇÃO JÁ NA PRÓXIMA SEMANA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA
Os especialistas ressaltaram que a proposta de imposto mínimo não visa punir o empreendedor, mas sim reduzir a diferença de carga tributária entre empresas que investem e empregam e aquelas que "lucram muito e pagam pouco imposto".
Senadores cobram garantias de que a proposta não gerará desequilíbrio fiscal.
O relator da proposta, senador Renan Calheiros do MDB de Alagoas, quer garantir que o benefício chegue à sociedade a partir de janeiro do ano que vem, sem abrir espaço para manobras políticas.
Renan quer aperfeiçoar o texto, sem que as mudanças façam o projeto voltar à Câmara.
O histórico da tramitação por lá desaconselha uma tentativa serena de aprimorar o texto. Seria, sem dúvida nenhuma, devolver o refém ao cativeiro original e facilitar o serviço dos sequestradores da pauta.
Renan Calheiros encerrou a última audiência pública afirmando que agora se dedicará à formatação do relatório.
O senador também cobrou do Ministério da Fazenda a apresentação dos números atualizados sobre o impacto da proposta.
NA AUDIÊNCIA DESTA QUINTA-FEIRA, NA COMISSÃO QUE ANALISA ATUALIZAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL, O DEBATE FOI COMO EVITAR QUE ROBÔS E ASSISTENTES VIRTUAIS TENHAM TRATAMENTO LEGAL COMO EMPRESAS. ESSE TRECHO GEROU DEBATES ENTRE JURISTAS E PARLAMENTARES. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
A consultora em processo legislativo, Layla Abdo de Andrada, alertou que, da forma como está escrito, esse trecho do projeto de novo Código Civil atribui, erroneamente, características de personalidade jurídica a "robôs, assistentes virtuais, inteligências artificiais e sistemas automatizados". A advogada observou, no entanto, que sistemas de inteligência artificial precisam, sim, de um regime de responsabilização específico, já que fazem parte de cadeias mais complexas do que a mera relação entre empresa e cliente.
(Layla Abdo) "
O relator-geral da comissão de juristas que elaborou o projeto, Flávio Tartuce, afastou a crítica e afirmou que as "entidades digitais" mencionadas são o que o Direito chama de "entes despersonalizados". Mas o senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, opinou pela revisão do texto para evitar desresponsabilização de plataformas digitais:
(sen. Carlos Portinho) "Por interpretação do inciso 3º, passam a ter personalidade jurídica 'entidade digitais'. E como disse a professora Layla, talvez, por isso, as plataformas estejam tranquilas, porque ela vai dizer: 'Não, vai lá falar com a entidade'. "
O relator, senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba, disse que levará em conta as observações dos debatedores na hora de avaliar o capítulo sobre situações jurídicas digitais.
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