Boletim.leg - Edição das 22h — Rádio Senado
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Boletim.leg - Edição das 22h

Quatro mulheres são vítimas de feminicídio por dia no Brasil. Dado foi destacado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,  durante a Semana da Mulher, cuja programação foi marcada pela entrega do Prêmio Bertha Lutz a  lideranças femininas. 

08/03/2024, 22h00 - ATUALIZADO EM 08/03/2024, 18h26
Duração de áudio: 05:25

Transcrição
QUATRO MULHERES SÃO VÍTIMAS DE FEMINICÍDIO POR DIA NO BRASIL: Rodrigo Pacheco (presidente do Senado): "Não há espaço para dúvidas: o machismo mata, e mata muito no Brasil." SEMANA DA MULHER NO SENADO FOI MARCADA PELA ENTREGA DO PRÊMIO BERTHA LUTZ A LIDERANÇAS FEMININAS. ... EU SOU REGINA PINHEIRO E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG OLÁ! NOSSO BOLETIM COMEÇA COM UMA SAUDAÇÃO ÀS NOSSAS OUVINTES, PELA PASSAGEM DO DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES, E COM A MENÇÃO A UMA DE NOSSAS PRINCIPAIS LUTAS: O DIREITO A UMA VIDA SEM VIOLÊNCIA. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO: Quatro mulheres são vítimas de feminicídio por dia no Brasil. O dado foi ressaltado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao observar que o mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta o assassinato, apenas em 2022, de 1.437 mulheres em razão de gênero e o risco de morte de outras 2.563 pelo mesmo motivo. Pacheco - Não há espaço para dúvidas: o machismo mata, e mata muito no Brasil. Esse tipo de crime não é isolado, mas, sim, inserido em um contexto de inferiorização das mulheres, em uma cultura amplamente violenta e discriminatória. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61% das vítimas de feminicídio são negras e 72% têm entre 18 e 44 anos. COMEMORADO PELA PRIMEIRA VEZ EM 1975 E OFICIALMENTE ADOTADO PELA ONU EM 1977, O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES TEM ORIGEM NA LUTA DAS TRABALHADORAS POR MELHORES CONDIÇÕES LABORAIS. OUTRAS BANDEIRAS FORAM SE JUNTANDO COM O PASSAR DOS ANOS, COMO O COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E À DISCRIMINAÇÃO. QUEM NOS CONTA, AGORA, UM POUCO DESTA HISTÓRIA É O REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS: Inicialmente ligada à questão operária na Europa e nos Estados Unidos, ainda no século XIX, a luta das mulheres por respeito alcançou outras dimensões com o tempo e passou a ser contra todo e qualquer tipo de discriminação. No Brasil, o cenário não foi muito diferente e exigiu muito embate por parte delas. Naturalmente, essa inquietação na base começou a ressoar nas instituições públicas e deu mais força à causa. Foi o que afirmou a senadora Professora Dorinha Seabra, do União do Tocantins: Nenhuma conquista vem de graça, nenhuma conquista é fácil e nenhuma pode ser desprezada, porque ela é o passo necessário para que a gente consiga avançar em relação à nossa posição na sociedade brasileira e à nossa posição no mundo do trabalho, nas condições de educação. O DIPLOMA BERTHA LUTZ É ENTREGUE ANUALMENTE PELO SENADO A LIDERANÇAS QUE SE DESTACAM NA LUTA PELOS DIREITOS DAS MULHERES. A REPÓRTER BIANCA MINGOTE TRAZ MAIS INFORMAÇÕES: A procuradora Especial da Mulher no Senado, senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, afirmou que cada uma das agraciadas dá continuidade ao legado de Bertha Lutz, líder feminista que defendeu o direito ao voto das mulheres, em prol da igualdade de gênero.  Zenaide Maia: "Senado Federal homenageia sua coragem, sua determinação para provar que sim, nós mulheres podemos ocupar todos os espaços sociais reservados aos homens com os mesmos direitos e deveres." Uma das agraciadas, Luciana Lóssio, foi a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do Tribunal Superior Eleitoral em uma das duas cadeiras da instituição destinadas, exclusivamente, a advogados. Ela ressaltou a importância da ocupação feminina em todos os ambientes de poder. Com trabalho extenso no combate à violência contra a mulher na Promotoria da Mulher do Ministério Público da Paraíba, Dulcerita Alves reconheceu a luta das mulheres que a sucederam, em especial, na luta pelo direito ao voto. Também foram agraciadas com o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz as professoras Gina Vieira Ponte de Albuquerque, que atuou por mais de 30 anos na rede pública do Distrito Federal e autora do projeto “Mulheres Inspiradoras” e Maria Mary Ferreira, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão, compromissada com temas como o feminismo e políticas públicas.  OUTRAS NOTÍCIAS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: SENADO.LEG.BR/RADIO.

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