37 - O Senado e o governo de Fernando Collor de Mello — Rádio Senado
História

37 - O Senado e o governo de Fernando Collor de Mello

Com a promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988 o Brasil deu mais um passo rumo à democratização. O texto constitucional previa eleições diretas para presidente da República. A primeira delas seria em 15 de novembro de 1989, 29 anos após a eleição de Jânio Quadros, a última em que os brasileiros puderam escolher seu presidente pelo voto direto. Venceu em 1989 o "Caçador de Marajás", o alagoano Fernando Collor de Mello, do inexpressivo PRN, que prometia acabar com os altos salários no funcionalismo público.

Mas apesar de a campanha e a posse terem entusiasmado o povo brasileiro, o que se veria na sequência era uma série de frustrações. A primeira veio duas semanas após a posse: o confisco de poupanças e contas correntes e a imposição de um limite para os saques em bancos. Apesar das medidas amargas, o Plano Collor conquistou o apoio da maioria do Congresso e da população, uma vez que houve redução imediata da inflação. Esse efeito positivo, no entanto, duraria pouco. Os preços voltaram a subir, a economia começou a encolher e surgiram denúncias de corrupção envolvendo o governo.

A desconfiança em relação a Collor atingiu o ápice em fevereiro de 1992, quando o irmão do presidente, em entrevista à revista Veja, acusou PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor, de montar um esquema de corrupção com a conivência do próprio presidente. As acusações foram confirmadas por uma CPI do Congresso, o que acabaria levando o Senado a aprovar o impeachment de Fernando Collor.

13/01/2007, 09h00 - ATUALIZADO EM 14/11/2023, 10h38
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