Cine Brasília exibe documentário Quando Elas se Movimentam

19/03/2025, 19h52

O filme Quando Elas se Movimentam, produzido pela TV Senado, será exibido no Cine Brasília, na próxima terça-feira (25), a partir das 18h30, em evento gratuito e aberto ao público. A exibição faz parte da programação do “Março Mulheres 2025” e da comemoração dos dez anos do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Senado. E marca o fim das comemorações do bicentenário da Casa, iniciadas em março de 2024.

Antes, haverá uma mesa de apresentação com as personagens do filme Antônia Faleiros, juíza do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), e Luana Xavier, atriz; a cineasta e professora da Universidade de Brasília (UnB) Edileuza Penha; a coordenadora do Comitê de Gênero e Raça do Senado, Stella Maria Vaz; e a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, mediadas pela diretora da Secretaria de Comunicação do Senado, Érica Ceolin.

Quando Elas se Movimentam estreou na TV Senado no Dia Internacional da Mulher (8/3). Está disponível na plataforma Globoplay, que respondeu a chamada pública do Senado para a distribuição do documentário nos streamings. A chamada continua aberta (Acesse aqui). 

Mulheres negras

A frase inspiradora da ativista Angela Davis, "Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela", sintetiza o espírito da obra, realizada como parte das celebrações dos 200 anos do Senado Federal.

Angélica, Antônia e Luana são as personagens da produção da TV Senado, Personagens, não: mulheres que se fizeram cidadãs.

— Gaúcha, mineira, fluminense. Poderiam ser paraense, goiana, sergipana. Brasileiras comuns e extraordinárias. “Quando Elas se Movimentam” é a história delas. E com a história delas é possível puxar o fio recente das mudanças sociais no Brasil — observa Érico Silveira, diretor da TV Senado.

Esse fio entrelaça a labuta de “gente pobre arrancando a vida com a mão” (como está no verso de Caetano Veloso) com a batalha de mulheres que devem ser vistas e ouvidas num Brasil excludente.

Histórias entrelaçadas

Com quantas lacunas se faz o resumo de uma vida? E de três vidas e das outras que nelas se entrelaçam?

A equipe da diretora Susanna Lira foi a Salvador, Lauro de Freitas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e a Salto do Jacuí para costurar essas histórias, que se tecem também em Brasília.

Antônia Faleiros não se lembra de ter sido criança. Nasceu, como diz, preta e com asas, na comunidade do Barro Amarelo, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Foi empregada doméstica em Belo Horizonte, dormiu na rua, estudou para concurso público com apostilas recolhidas no lixo, tornou-se juíza e atua em Lauro de Freitas, na Bahia.

O pioneirismo de Angélica da Silva Pinto abriu caminhos e puxou a fila no Quilombo Júlio Borges. A psicóloga e conselheira tutelar foi a primeira universitária da comunidade onde os mais antigos trabalhavam 12 horas por dia para ganhar um quilo de banha. Para que ela conseguisse pagar os estudos, o pai saiu do interior do Rio Grande do Sul e foi trabalhar no Piauí.

Luana Xavier, que herdou a nobreza e a profissão da avó, a atriz Chica Xavier, sabe que a história das pessoas negras quase nunca é contada por elas. Não aceita que continue sendo assim. Pensa e comunica a negritude através da arte e dos orixás. Durante a produção do documentário, a carioca ensaiava em Salvador a adaptação teatral do livro “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro.

No filme, projeções no prédio do Congresso Nacional das imagens de conquistas históricas expõem a luta sem fim por leis que desfaçam desigualdades – e que sejam aplicadas: PEC das Domésticas, Lei de Cotas, Estatuto da Igualdade Racial, Lei Maria da Penha, entre outras. Em texto de 2013, a inquieta Angela Davis já havia escrito que o levantar das mulheres negras provoca mudanças capazes de balançar o chão.

Comitê de Gênero e Raça do Senado completa 10 anos

O Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado Federal completa 10 anos em 2025, reafirmando sua atuação na construção de um ambiente mais inclusivo e equitativo.

Ao longo da última década, promoveu ações e campanhas que impactaram diretamente a cultura institucional do Senado, consolidando-se como referência no compromisso com a diversidade e o respeito.

Reconhecido nacionalmente, tem sido essencial na formulação e implementação de políticas voltadas à igualdade de oportunidades para todas as pessoas colaboradoras na Casa, independentemente de gênero, raça ou etnia. O comitê já recebeu o Selo Pró-Equidade três vezes e inspirou legislações voltadas à equidade no serviço público. Destaca-se a inclusão da cota de 2% de mulheres vítimas de violência nos contratos de terceirização do Senado, ação que foi incorporada pela Nova Lei de Licitações – Lei 14.133/2021 – para toda a Administração Pública.

 

 SERVIÇO                                                                               

Evento: Exibição especial do documentário Quando Elas se Movimentam
Local: Cine Brasília - SHCS EQS 106/107, s/nº – Asa Sul, Brasília -DF
Data e horário: 25/03/2025, 18h30
Ingresso: Entrada gratuita. Aberto ao público em geral
 
Ficha Técnica
Direção: Susanna Lira
Produção: Modo Operante
Realização: TV Senado
Duração: 1h22 minutos
Disponível no Globoplay
 
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