A preocupação do taxista é a Câmara nunca mais votar, diz Eduardo Lopes, sobre o Uber
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), que relatou o projeto que regulamenta os aplicativos de transporte no plenário do Senado, não acredita que a Câmara vá restaurar o texto original aprovado pelos deputados, que enquadrava o serviço como público, com as mesmas exigências dos táxis.
Ele acredita que a pressão da sociedade é muito grande e é provável que os deputados não votem nada, às vésperas do ano eleitoral. “Agora a pressão volta para a Câmara. Qual a preocupação do taxista? Voltando para a Câmara, nunca mais votar”, afirma, em entrevista ao Salão Nobre. Se isso acontecer, esse tipo de transporte continua funcionando como é hoje, sem regulamentação nacional.
No Senado, Lopes defendeu a regulamentação do Uber, porém, mantendo-o como serviço privado. A maioria dos senadores seguiu a orientação do relator e o texto aprovado no último dia 31 de outubro retirou do PLC 28/2017 a exigência de placa vermelha ou permissão municipal. Ele obriga as empresas a mandarem seu banco de dados para a Prefeitura, apenas para a fiscalização. Os aplicativos também têm que cumprir algumas exigências como o pagamento de tributos, seguro dos carros, certidão de antecedentes criminais dos motoristas e pagamento de INSS.