Vice-líder do governo descarta derrota com adiamento da votação da reforma da Previdência — Rádio Senado
Reforma da Previdência

Vice-líder do governo descarta derrota com adiamento da votação da reforma da Previdência

Vice-líder do governo nega derrota com o adiamento da votação da reforma da Previdência (PEC 36/2016; PEC 21/2015) para fevereiro. Oposição descarta aprovação no ano que vem ao lembrar que os parlamentares estarão mais suscetíveis a pressão popular devido às eleições de outubro. O vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB – PE), negou que o adiamento da votação da Reforma seja uma derrota. Ele argumentou que o recesso será usado para o convencimento dos deputados indecisos com o argumento de que a proposta ficará restrita ao aumento da idade mínima. O líder do PT, senador Lindbergh Farias (PT – RJ)), rebate a teoria de que o governo ganhará tempo ao lembrar que 2018 é um ano eleitoral.

15/12/2017, 18h05 - ATUALIZADO EM 18/12/2017, 09h24
Duração de áudio: 02:00
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária.

Bancada:
senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE);
senador Lindbergh Farias (PT-RJ);
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: VICE-LÍDER DO GOVERNO NEGA DERROTA COM O ADIAMENTO DA VOTAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA FEVEREIRO. LOC: OPOSIÇÃO DESCARTA APROVAÇÃO NO ANO QUE VEM AO LEMBRAR QUE OS PARLAMENTARES ESTARÃO MAIS SUSCETÍVEIS A PRESSÃO POPULAR DEVIDO ÀS ELEIÇÕES DE OUTUBRO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Após fazerem as contas, as lideranças governistas na Câmara dos Deputados deixaram para fevereiro a votação da Reforma da Previdência. Para aprovação das novas regras de aposentadoria, são necessários 308 votos. Mas o Planalto contava com apoio de 280 a 308 deputados. Para não correr o risco de rejeição da proposta, o Planalto quer assegurar 330 votos. O vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho do PMDB de Pernambuco, negou que o adiamento da votação da Reforma seja uma derrota. Ele argumentou que o recesso será usado para o convencimento dos deputados indecisos com o argumento de que a proposta ficará restrita ao aumento da idade mínima. (Bezerra) Não mexer com qualquer direito do trabalhador rural, não mexer com aqueles que ganham o Benefício de Prestação Continuada, os deficientes. Portanto, todas essas questões estão superadas e a reforma se restringe à mudança na idade da aposentadoria, e, sobretudo, diminuir os privilégios daqueles que ganham mais. REP: O líder do PT, senador Lindbergh Farias do Rio de Janeiro, rebate a teoria de que o governo ganhará tempo ao lembrar que 2018 é um ano eleitoral. (Lindebergh) O problema da Reforma é que os deputados estão sentindo a pressão popular e as pessoas fazem contas. Na verdade, para pessoa se aposentar com salário integral ia ter que contribuir com 40 anos. E acaba com acúmulo de aposentadoria com pensão. Se o marido de uma aposentada morrer, ela não tem direito à pensão ou vai ter que abrir mão da aposentadoria. Está chegando a eleição, então essa história que vai votar em fevereiro, eu não acredito. REP: Se aprovada em dois turnos pela Câmara, a Reforma da Previdência ainda será discutida pelo Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00