Senadores debatem formas de expandir microcrédito — Rádio Senado
Pandemia

Senadores debatem formas de expandir microcrédito

Durante a reunião da comissão mista responsável por verificar os gastos do governo no enfrentamento da covid-19, o senador Esperidião Amim (PP-SC) cobrou que as informações de crédito do Pronampe sejam repassadas de forma segmentada entre as micro e as pequenas empresas. Já a senadora Kátia Abreu (PP-TO) estuda uma forma de expandir o investimento de capital para pequenas instituições financeiras especializadas em microcrédito.  A reportagem é de Marcella Cunha

10/07/2020, 16h14 - ATUALIZADO EM 10/07/2020, 16h51
Duração de áudio: 02:18
Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

Transcrição
LOC: O SENADOR ESPERIDIÃO AMIM PEDIU MAIOR DETALHAMENTO DAS INFORMAÇÕES DO ‘EMPRESTÔMETRO’ DURANTE REUNIÃO NA COMISSÃO QUE ANALISA OS GASTOS DO GOVERNO COM A COVID-19. LOC: JÁ A SENADORA KÁTIA ABREU ESTUDA FORMA DE REPASSAR CAPITAL PARA QUE PEQUENAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS TAMBÉM POSSAM OFERECER EMPRÉSTIMOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: O emprestômetro é uma ferramenta que vai mostrar em tempo real os valores liberados pelos programas públicos de crédito, como o Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. O senador Esperidião Amim, do PP de Santa Catarina, reforçou a necessidade de que as instituições bancárias repassem essas informações de forma segmentada, para facilitar a identificação dos beneficiários. (Esperidião) Nós precisamos saber qual é a faixa de porte de empresa que está sendo beneficiada, ou seja, esse número tem que ser segmentado pelo porte da empresa que contratou o empréstimo. Isso aprimoraria o emprestômetro. (REP) Segundo a senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, 60% dos empréstimos do Pronampe foram para as microempresas e 40% para as pequenas. Mas, na avaliação da senadora, os recursos do programa já começam a ficar insuficientes. Ela sugeriu que pelo menos metade dos 40 bilhões de reais usados para ajudar a quitar as folhas de pagamento de micro e pequenas empresas seja deslocada para o Pronaf, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Kátia defendeu, ainda, que é preciso buscar uma forma de repassar dinheiro para as pequenas instituições financeiras especializadas em microcrédito, o que é vedado pelo Pronampe. É o caso das OSCIPs e das chamadas fintechs, muito utilizadas atualmente em startups e negócios relacionados à tecnologia. (Kátia) Eles precisam do funding para emprestar. Eu tenho certeza de que seria um sucesso absoluto e com baixíssima inadimplência, porque eles têm o hábito. Na crise de 2018 o Banco do Brasil fez muito bonito com o microcrédito, emprestou bastante, foi o campeão de empréstimo. Eu acho que a Caixa também vai se sair assim. E a descoberta do Brasil dessas microempresas financeiras, acho que vai ser a grande novidade também pós-pandemia. (REP) Kátia reforçou que as pequenas instituições financeiras possuem custos operacionais bem menores que os bancos e podem contribuir para a retomada do crescimento econômico. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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