Plenário poderá incluir novos agravantes para o crime de feminicídio — Rádio Senado
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Plenário poderá incluir novos agravantes para o crime de feminicídio

O Plenário do Senado poderá votar uma proposta que amplia os casos que agravam a pena do feminicídio (PLC 8/2016). Entre eles está quando o crime for praticado contra portadoras de doenças degenerativas ou testemunhado por familiares da vítima, ainda que pela Internet. Os senadores também poderão decidir pela criação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens (PLS 240/2016) e pela ratificação de um acordo aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos (PDS 245/2017).

09/03/2018, 17h23 - ATUALIZADO EM 09/03/2018, 18h03
Duração de áudio: 02:11
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia.

Mesa: 
secretário geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho;
senador João Alberto Souza (PMDB-MA). 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PLENÁRIO PODERÁ DECIDIR PELO AUMENTO DO NÚMERO DE SITUAÇÕES QUE AGRAVAM A PENA DE FEMINICÍDIO, COMO CRIMES TESTEMUNHADOS PELA INTERNET POR FAMILIARES. LOC: OS SENADORES TAMBÉM PODERÃO VOTAR PROJETO QUE CRIA O PLANO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO HOMICÍDIO DE JOVENS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: No mês da mulher, os senadores poderão votar a inclusão de novas hipóteses que agravam a pena do feminicídio de um terço até metade. São elas: quando o crime for praticado contra pessoas portadoras de doenças degenerativas; na presença virtual de descendentes ou ascendentes da vítima ou em descumprimento de medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da Penha. A legislação já prevê o agravante quando o crime ocorrer na frente de pais ou filhos da vítima, mas deve ser atualizada para incluir o ambiente virtual, como defendeu a senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul. (Simone Tebet, 16’’) Ele não aumenta a pena, ele simplesmente estende, nos casos já previstos, atualizando o Código Penal, que é de 1940, a situações mais modernas, seja na parte de informática, da internet, seja no caso dessas doenças degenerativas hoje cada vez mais são constantes.” (REP) Os senadores poderão analisar, ainda, o projeto que cria o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens. Hoje no Brasil, 58% das vítimas de homicídios com arma de fogo são pessoas entre 15 e 29 anos. Para reduzir esses índices, o texto cria cinco metas para serem cumpridas em até 10 anos, como aumento da resolução dos crimes pelas autoridades e diminuição da letalidade policial. O texto é fruto do trabalho da CPI do Assassinato de Jovens, que funcionou entre 2015 e 2016, e foi presidida pela senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia. (Lidice) “É uma discussão indispensável no atual momento que o país vive, em que a questão da violência cada dia assume novos contornos. E agora mais ainda em que se agregou a esse pauta a questão da crise penitenciária.” (REP) Outro item na pauta do plenário é o decreto que ratifica o acordo aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos. O objetivo é estreitar a cooperação entre a Agência Espacial Brasileira e a Nasa para a observação e monitoramento da Terra. O primeiro acordo neste sentido foi assinado em 1996 e expirou em janeiro deste ano. Da Rádio Senado, Marcella Cunha LOC: OUTROS DOIS PROJETOS PODEMOS SER VOTADOS EM PLENÁRIO. O PRIMEIRO EXTINGUE O ATENUANTE DE PENA PARA JOVENS ENTRE 18 E 21 ANOS. A JUSTIFICATIVA É DE QUE ELES JÁ POSSUEM PLENA CAPACIDADE DE COMPREENDER AS CONSEQUÊNCIAS DE SUAS AÇÕES. LOC: A OUTRA PROPOSTA AGRAVA A PENA PARA CRIMES COMETIDOS PRÓXIMOS A RESIDÊNCIAS OU ESCOLAS, EM SITUAÇÃO DE TOCAIA: QUANDO O CRIMINOSO AGUARDA A VÍTIMA SAIR OU ENTRAR EM UM LOCAL PARA SURPREENDÊ-LA.

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